São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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Denúncias incluem corrupção, crime organizado e mortes

LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Processos por corrupção, denúncias de ligações com o crime organizado, acusações de cobrança de propina, PMs presos por envolvimento com chantagens e com grupos de extermínio.
Esse são alguns dos elementos que compõem o pano de fundo do pedido de intervenção federal no Espírito Santo. As suspeitas recaem não apenas sobre o governo estadual, mas também sobre o Poder Legislativo local.
O processo de intervenção começou a se consolidar em 21 de maio passado, quando a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) encaminhou ofício nesse sentido ao Ministério da Justiça.
Duas personalidades do alto escalão emergem do emaranhado de denúncias: o próprio governador José Ignácio Ferreira (PTN), e o presidente da Assembléia, José Carlos Gratz (PFL).
O governador responde a cinco processos no Superior Tribunal de Justiça por crimes contra o sistema financeiro e contra a administração pública (mais dois por crime contra a honra).
Nos últimos dois anos, teve de deixar o PSDB, enfrentou um pedido de impeachment, teve de demitir quatro secretários de Estado sob suspeita de desvio de dinheiro e viu o nome de sua própria mulher, Maria Helena Ferreira, envolvido em denúncias de corrupção.
Gratz foi indiciado em 2000 pela CPI do Narcotráfico da Câmara Federal, sob a acusação de envolvimento com o crime organizado.
O assassinato, em abril, do advogado Marcelo Denadai, que ameaçava denunciar esquema de fraude, acelerou a participação da OAB nacional no caso.


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