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SAIBA MAIS
Denúncias incluem corrupção, crime organizado e mortes
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Processos por corrupção,
denúncias de ligações com o
crime organizado, acusações
de cobrança de propina,
PMs presos por envolvimento com chantagens e com
grupos de extermínio.
Esse são alguns dos elementos que compõem o pano de fundo do pedido de intervenção federal no Espírito
Santo. As suspeitas recaem
não apenas sobre o governo
estadual, mas também sobre
o Poder Legislativo local.
O processo de intervenção
começou a se consolidar em
21 de maio passado, quando
a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) encaminhou
ofício nesse sentido ao Ministério da Justiça.
Duas personalidades do
alto escalão emergem do
emaranhado de denúncias:
o próprio governador José
Ignácio Ferreira (PTN), e o
presidente da Assembléia,
José Carlos Gratz (PFL).
O governador responde a
cinco processos no Superior
Tribunal de Justiça por crimes contra o sistema financeiro e contra a administração pública (mais dois por
crime contra a honra).
Nos últimos dois anos, teve de deixar o PSDB, enfrentou um pedido de impeachment, teve de demitir quatro
secretários de Estado sob
suspeita de desvio de dinheiro e viu o nome de sua própria mulher, Maria Helena
Ferreira, envolvido em denúncias de corrupção.
Gratz foi indiciado em
2000 pela CPI do Narcotráfico da Câmara Federal, sob a
acusação de envolvimento
com o crime organizado.
O assassinato, em abril, do
advogado Marcelo Denadai,
que ameaçava denunciar esquema de fraude, acelerou a
participação da OAB nacional no caso.
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