São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Enéas evita contato com eleitor e concentra os esforços na TV

LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio

O candidato à Presidência pelo Prona, Enéas Carneiro, 59, não vai sair às ruas para fazer campanha, ficará trancado em estúdios e fisicamente longe de seus eleitores.
O cardiologista que chegou em terceiro lugar na última eleição presidencial, em 1994, se considera um telecandidato.
Sua campanha se resumirá, segundo ele, à utilização do tempo que lhe cabe no horário eleitoral gratuito.
No caso da TV, esse tempo, ainda não confirmado, deverá ser de 1 minuto e 16 segundos às terça, quintas e sábados, divididos em dois blocos iguais. Praticamente o mesmo tempo que lhe foi destinado em 1994.

Alcance
"Eu não acredito em uma campanha presidencial em que haja outra forma de alcançar o eleitor", afirma Enéas, que começou a ficar famoso pelo bordão eletrônico "meu nome é Enéas", criado na primeira vez em que disputou a Presidência, em 89, quando tinha exíguos 15 segundos de tempo na televisão e amealhou 0,5%.
Acostumado com a TV, Enéas não pretende utilizar os meios convencionais usados em campanhas eleitorais, como comício ou panfletagem.
"Se alguém quiser fazer camisas com o meu rosto é um direito que tem. Eu não vou fazer", afirma Enéas, que se irrita quando questionado se contratará algum marqueteiro.
"Nunca pedi ajuda. Não peço e jamais pedirei ajuda a nenhum profissional de marketing, nem do Brasil, nem do exterior, nem de qualquer lugar do planeta", repete, enfático, três vezes.
"Não preciso disso. Eu escrevo meus textos. Deus me deu um dom de falar e escrever e, usando esses dons, chegarei à Presidência da República."



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