São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Sem dinheiro, Marta Suplicy só conta com o suor da militância

LUIS HENRIQUE AMARAL
da Reportagem Local

O PT tentar compensar a falta de dinheiro para a campanha de Marta Suplicy ao governo paulista com alguma criatividade e o suor de 30 mil militantes.
O presidente estadual do partido, Antônio Palocci, que também é coordenador da campanha de Marta, estima seu custo em R$ 4 milhões. "Mas esperamos obter R$ 2,5 milhões", lamenta.
Sem dinheiro, o partido nem pensa em usar jatinhos ou helicópteros, como o PSDB e o PPB. "Vamos usar, no máximo, um teco-teco", diz Palocci. "Tem dia que fazemos campanha em cinco cidades e vemos o helicóptero do Maluf passar por cima da cabeça 30 vezes", reclama.
O dinheiro está sendo arrecadado junto a militantes. Alguns empresários também estão sendo procurados. "Mas não aceitamos recursos vinculados a compromissos", afirma Palocci.
O comitê de Marta fica na avenida Abílio Soares, próximo à Paulista. Trata-se de um grande salão que fica embaixo da sede do PT estadual. O aluguel é de R$ 13 mil.
Além da sede, os 433 diretórios municipais que o PT tem no Estado também funcionarão na campanha. Na capital, 20 diretórios zonais distribuirão material.
Para Palocci, essa estrutura de comitês deverá ser suficiente para atender aos cerca de 30 mil militantes petistas que costumam participar das campanhas, de um total de 150 filiados no Estado.
O PT não sabe exatamente quantos adesivos e panfletos já foram feitos. Por um erro de informação, 15 mil panfletos foram para o lixo.
A novidade na campanha de Marta é a "ouvidoria", que receberá críticas e sugestões de petistas e eleitores em geral. Outra inovação é o grupo de "comunicação pela arte", formado por artistas, que estará nos eventos da candidata apresentando esquetes.



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