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Sem dinheiro, Marta Suplicy só
conta com o suor da militância
LUIS HENRIQUE AMARAL
da Reportagem Local
O PT tentar compensar a falta de
dinheiro para a campanha de Marta Suplicy ao governo paulista
com alguma criatividade e o suor
de 30 mil militantes.
O presidente estadual do partido, Antônio Palocci, que também
é coordenador da campanha de
Marta, estima seu custo em R$ 4
milhões. "Mas esperamos obter
R$ 2,5 milhões", lamenta.
Sem dinheiro, o partido nem
pensa em usar jatinhos ou helicópteros, como o PSDB e o PPB.
"Vamos usar, no máximo, um teco-teco", diz Palocci. "Tem dia
que fazemos campanha em cinco
cidades e vemos o helicóptero do
Maluf passar por cima da cabeça
30 vezes", reclama.
O dinheiro está sendo arrecadado junto a militantes. Alguns empresários também estão sendo
procurados. "Mas não aceitamos
recursos vinculados a compromissos", afirma Palocci.
O comitê de Marta fica na avenida Abílio Soares, próximo à Paulista. Trata-se de um grande salão
que fica embaixo da sede do PT estadual. O aluguel é de R$ 13 mil.
Além da sede, os 433 diretórios
municipais que o PT tem no Estado também funcionarão na campanha. Na capital, 20 diretórios
zonais distribuirão material.
Para Palocci, essa estrutura de
comitês deverá ser suficiente para
atender aos cerca de 30 mil militantes petistas que costumam participar das campanhas, de um total de 150 filiados no Estado.
O PT não sabe exatamente quantos adesivos e panfletos já foram
feitos. Por um erro de informação,
15 mil panfletos foram para o lixo.
A novidade na campanha de
Marta é a "ouvidoria", que receberá críticas e sugestões de petistas
e eleitores em geral. Outra inovação é o grupo de "comunicação
pela arte", formado por artistas,
que estará nos eventos da candidata apresentando esquetes.
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