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Andrade Vieira
contribuiu com
campanha de FHC
DA REDAÇÃO
O ex-banqueiro José Eduardo de Andrade Vieira, ressentido com o presidente Fernando
Henrique Cardoso desde que o
Bamerindus foi vendido pelo
Banco Central ao HSBC, foi um
dos principais articuladores de
fundos para a campanha de
FHC em 1994.
Depois da vitória, tornou-se
ministro da Agricultura e permaneceu no cargo até abril de
1996, quando pediu demissão
para voltar a dirigir o Bamerindus, que já enfrentava dificuldades.
Procurado em 1998 por
Eduardo Jorge, então coordenador da campanha da reeleição, negou-se a colaborar.
Ele nunca perdoou o ex-amigo pelo episódio em que perdeu o seu banco. A intervenção
foi decretada pelo Banco Central em 26 de março de 1997,
depois de quase um ano de resistências de Andrade Vieira. O
Bamerindus havia tido em 1996
um prejuízo de R$ 256 milhões,
perda equivalente a 24% do patrimônio líquido. Para tornar
viável o surgimento do HSBC
Bamerindus, foram disponibilizados R$ 5,7 bilhões em recursos do Proer.
Em junho de 1998, Andrade
Vieira anunciou seu rompimento político com FHC. Em
1999, afirmou que o governo do
presidente Fernando Henrique
Cardoso "é lamentavelmente
desastroso para o Brasil". Disse
também que o ex-presidente
Itamar Franco e ele próprio foram as duas pessoas que mais
ajudaram FHC a se eleger, sem
reconhecimento: "O Itamar lhe
deu as condições para ser presidente da República e eu fui a
pessoa que mais o ajudou a ganhar a eleição".
Seu banco cedeu jatinhos e
doou R$ 276 mil a FHC na
campanha de 1994.
José Eduardo de Andrade
Vieira, 61, começou sua carreira política no PTB em 1990,
quando foi eleito senador.
Também foi ministro da Indústria, Comércio e Turismo
(de outubro de 1992 a dezembro de 1993) no governo Itamar. Deixou o Senado no final
de seu mandato, em 1999. Em
março do mesmo ano, anunciou que estava abandonando a
política. Hoje ele divide seu
tempo entre o jornal "Folha de
Londrina", do qual é presidente, e sua fazenda no Paraná.
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