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STJ determina reabertura de ação
por sonegação contra Luiz Estevão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O STJ (Superior Tribunal de
Justiça) determinou ao Tribunal
de Justiça do Distrito Federal a
reabertura de uma ação penal
contra o ex-senador Luiz Estevão
(PMDB-DF) em que ele é acusado
de sonegação de imposto.
O Ministério Público, autor da
denúncia, havia recorrido contra
o arquivamento da ação. O recurso foi aceito pela 5ª turma do STJ,
composta por cinco ministros.
Nesse processo, o ex-senador e
seu pai adotivo, Lino Martins, são
investigados por suspeita de crime contra a ordem tributária, especificamente fraude à fiscalização tributária na administração
da empresa OK Automóveis Peças e Serviços, do Grupo OK.
A fraude teria resultado em prejuízo para os cofres públicos no
recolhimento de ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços) entre abril de 1991 e janeiro de 1992.
O Tribunal de Justiça do DF
concedeu habeas corpus beneficiando o ex-senador com o trancamento da ação penal, porque
acolheu a alegação de seu advogado sobre a falta de justa causa da
abertura do processo por inexistência de prova de prática de crime. Conforme a decisão do TJ-DF, "os denunciados não agiram
com a intenção de fraudar o Fisco,
inexistindo, assim, o elemento
subjetivo -dolo (intenção)".
O Ministério Público sustentou
que a existência ou não de dolo só
poderia ser apurada na instrução
criminal, fase do processo em que
são coletadas as provas.
O relator do recurso no STJ, ministro José Arnaldo da Fonseca,
votou pela reabertura do caso,
porque considerou que a denúncia contra Estevão "narra, com todos os elementos indispensáveis,
a existência em tese de crime contra a ordem tributária".
O STF (Supremo Tribunal Federal) já remeteu para a primeira
instância os 16 inquéritos contra
Estevão que estavam concentrados nesse tribunal por causa da
prerrogativa de foro privilegiado
assegurada a senadores.
Outro lado
Estevão disse que o débito era
de apenas R$ 20 mil e já foi pago e
que, por isso, pedirá ao TJ-DF o
arquivamento da ação por falta de
objeto de investigação.
O ex-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São
Paulo Délvio Buffulin, um dos
suspeitos de participar do esquema de desvio de recursos da obra
do fórum trabalhista de São Paulo, recorreu novamente ao STJ para tentar suspender ação civil pública da Justiça Federal, em que
bens dele foram bloqueados.
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