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SERRA
Equipe tucana avalia que pôs "guizo no gato"
DA REPORTAGEM LOCAL
A equipe do presidenciável tucano, José Serra, comemorou o
desempenho do candidato no debate. "Foram postos vários guizos
no gato aqui hoje", disse o marqueteiro da campanha serrista,
Nizan Guanaes.
Por gato, entenda-se Ciro Gomes, e por guizos, uma série de
declarações de Ciro que eles consideraram contraditórias.
Desde o início, a intenção de
Serra era demonstrar que Ciro
costumaria faltar com a vontade.
Pouco antes de se dirigir ao estúdio, Serra telefonou para o assessor José Roberto Affonso para
conferir, pela última vez, os números referentes ao salário mínimo na época em que Ciro foi ministro da Fazenda, no governo
Itamar, em 94.
Pelos cálculos de Affonso, o salário mínimo médio pago naqueles quatro meses era de US$ 82.
Ciro anteriormente havia dito que
o mínimo chegara a US$ 100 durante sua gestão.
Serra acabou atingindo seu objetivo ao ser classificado como
"intelectualmente desonesto" por
Ciro. Obteve direito de resposta e
aproveitou para citar outras "inverdades" que atribuiu a Ciro: dizer que foi um dos fundadores do
PSDB, o que não é correto, e que
havia ganhado um prêmio da
Unicef devido ao seu governo no
Ceará -o prêmio havia sido obtido pelo governo anterior.
A cada final de bloco, Serra era
assessorado pelo economista Affonso, pelo coordenador de comunicação da campanha, João
Roberto Vieira da Costa, e pelo
publicitário Nelson Biondi.
Nizan Guanaes liderava as manifestações pró-Serra. O publicitário gesticulava e fazia comentários a cada resposta dos adversários do tucano.
(RAYMUNDO COSTA)
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