São Paulo, segunda-feira, 05 de agosto de 2002

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SERRA

Equipe tucana avalia que pôs "guizo no gato"

DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe do presidenciável tucano, José Serra, comemorou o desempenho do candidato no debate. "Foram postos vários guizos no gato aqui hoje", disse o marqueteiro da campanha serrista, Nizan Guanaes.
Por gato, entenda-se Ciro Gomes, e por guizos, uma série de declarações de Ciro que eles consideraram contraditórias.
Desde o início, a intenção de Serra era demonstrar que Ciro costumaria faltar com a vontade. Pouco antes de se dirigir ao estúdio, Serra telefonou para o assessor José Roberto Affonso para conferir, pela última vez, os números referentes ao salário mínimo na época em que Ciro foi ministro da Fazenda, no governo Itamar, em 94.
Pelos cálculos de Affonso, o salário mínimo médio pago naqueles quatro meses era de US$ 82. Ciro anteriormente havia dito que o mínimo chegara a US$ 100 durante sua gestão.
Serra acabou atingindo seu objetivo ao ser classificado como "intelectualmente desonesto" por Ciro. Obteve direito de resposta e aproveitou para citar outras "inverdades" que atribuiu a Ciro: dizer que foi um dos fundadores do PSDB, o que não é correto, e que havia ganhado um prêmio da Unicef devido ao seu governo no Ceará -o prêmio havia sido obtido pelo governo anterior.
A cada final de bloco, Serra era assessorado pelo economista Affonso, pelo coordenador de comunicação da campanha, João Roberto Vieira da Costa, e pelo publicitário Nelson Biondi.
Nizan Guanaes liderava as manifestações pró-Serra. O publicitário gesticulava e fazia comentários a cada resposta dos adversários do tucano.
(RAYMUNDO COSTA)


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