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Covas diz que aliança não é eterna
da Sucursal de Brasília
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB),
afirmou ontem que a aliança
política que sustenta o governo federal não é "para o
resto da vida". Disse também que discutir eleição
agora é uma "estupidez".
"Aliança não é para ser para o resto da vida. Ela foi feita
para uma eleição, e vai chegar o instante em que cada
um toma seu caminho, porque cada um tem seu candidato. Por isso que, em benefício do país, a discussão sobre eleição agora é uma estupidez", afirmou Covas.
Ele participou ontem da
missa na Catedral de Brasília
em homenagem ao deputado Franco Montoro (PSDB-SP), morto no mês passado.
Também estavam presentes
o presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP), e o presidente
do Senado, Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA).
Para Covas, os problemas
na base de apoio do governo
são inevitáveis. "Você tem
eleição daqui a dois anos,
três anos. Já começou o processo eleitoral. Tudo isso
contribui. Quanto mais próxima estiver a discussão da
eleição, mais independentes
os partidos vão ficar."
Sobre o fato de ACM ter
rebatido as cobranças de
FHC para a aprovação da reforma previdenciária, Covas
disse que não se mete em
"briga de gente grande".
"Quem sou eu para dar
palpite nisso. Estou lá enfiado na província, brigando
para pagar as dívidas que os
outros fizeram."
Pobreza
O governador Covas foi
irônico em relação ao debate
político sobre mecanismos
para erradicar a pobreza. "É
a primeira vez nesse país que
eu vejo o pessoal brigar por
como acabar com a pobreza.
Queira Deus que toda a vida
briguem por conta disso."
Questionado se concordava com o aumento de impostos para combater a pobreza, como propôs ACM,
Covas respondeu com outra
indagação: "O que você acha
pior, aumentar o imposto ou
manter a pobreza?".
Covas também comentou
a posição do presidente do
PMDB, senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que defende combater a sonegação
para erradicar a pobreza.
"(Jader) deve ter tido uma
experiência boa. Ele foi governador, deve ter passado
por esse problema, deve ter
enfrentado isso com muito
sucesso."
Ao saber da declaração do
governador paulista, Jader
disse que Covas "tem de se
preocupar em trabalhar lá
(São Paulo). O meu governo
é problema do povo do Pará.
Estamos discutindo é como
conseguir recursos para
combater a pobreza", disse.
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