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Sigilosos, dados foram obtidos na antiga Secom
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os números usados nas
tabelas desta reportagem são
oficiais. Foram atualizados
em 27 de julho. Saíram dos
arquivos da Subscretaria de
Comunicação Institucional,
ainda conhecida como Secom, sigla de sua antiga designação (Secretaria de Comunicação de Governo e
Gestão Estratégica da Presidência da República).
As informações são consideradas sigilosas pelo governo. A Folha as obteve de maneira informal e na condição
de não revelar os nomes das
pessoas que ajudaram o jornal a obter os dados.
Desde a administração de
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a Folha vem
requerendo essas informações. Tanto no governo tucano quanto no de Lula a Secom negou o acesso.
A compilação dessas informações de maneira centralizada na Secom existe desde
1998. Depois que a Secom
deixou de ter status de ministério, com a saída de Luiz
Gushiken, em julho, a Folha
conseguiu acesso informal
aos dados.
Há dois motivos apresentados como argumentos para manter em sigilo esses valores. O primeiro é que a Secom negocia com cada veículo os preços pagos pela
publicidade. A revelação das
cifras diminuiria o poder de
fogo do governo. Além disso, alguns órgãos do governo competem no mercado
(Petrobras e Banco do Brasil,
por exemplo). Ao tornarem
conhecidos seus gastos com
propaganda, ficariam vulneráveis aos concorrentes.
A Folha argumentou que
há dinheiro público envolvido. O grau de sigilo sobre informações comerciais não
deve ser o mesmo da iniciativa privada. A Secom nunca
aceitou essa avaliação.
Os valores apurados vêem
de autorizações que agências
de publicidade enviam aos
veículos para publicação.
Apesar de reveladores sobre
os gastos federais com propaganda, os números divulgados hoje ainda não são definitivos porque não há uma
planilha consolidada com as
as despesas de publicidade
legal, patrocínios e produção
de comerciais.
(FR)
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