São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2005

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Sigilosos, dados foram obtidos na antiga Secom

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os números usados nas tabelas desta reportagem são oficiais. Foram atualizados em 27 de julho. Saíram dos arquivos da Subscretaria de Comunicação Institucional, ainda conhecida como Secom, sigla de sua antiga designação (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República).
As informações são consideradas sigilosas pelo governo. A Folha as obteve de maneira informal e na condição de não revelar os nomes das pessoas que ajudaram o jornal a obter os dados.
Desde a administração de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a Folha vem requerendo essas informações. Tanto no governo tucano quanto no de Lula a Secom negou o acesso.
A compilação dessas informações de maneira centralizada na Secom existe desde 1998. Depois que a Secom deixou de ter status de ministério, com a saída de Luiz Gushiken, em julho, a Folha conseguiu acesso informal aos dados.
Há dois motivos apresentados como argumentos para manter em sigilo esses valores. O primeiro é que a Secom negocia com cada veículo os preços pagos pela publicidade. A revelação das cifras diminuiria o poder de fogo do governo. Além disso, alguns órgãos do governo competem no mercado (Petrobras e Banco do Brasil, por exemplo). Ao tornarem conhecidos seus gastos com propaganda, ficariam vulneráveis aos concorrentes.
A Folha argumentou que há dinheiro público envolvido. O grau de sigilo sobre informações comerciais não deve ser o mesmo da iniciativa privada. A Secom nunca aceitou essa avaliação.
Os valores apurados vêem de autorizações que agências de publicidade enviam aos veículos para publicação. Apesar de reveladores sobre os gastos federais com propaganda, os números divulgados hoje ainda não são definitivos porque não há uma planilha consolidada com as as despesas de publicidade legal, patrocínios e produção de comerciais. (FR)


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