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Em 89, Amato "previu" fuga de empresários
DA REDAÇÃO
Durante a campanha presidencial de 1989, o candidato do PT,
Luiz Inácio Lula da Silva, cresceu
nas pesquisas no início de outubro, trazendo aos empresários o
receio de uma vitória do PT.
No dia 11 de outubro, Mario
Amato, então presidente da Fiesp,
afirmou durante reunião com 130
empresários: "Lá (em Portugal,
após a Revolução dos Cravos),
cerca de 80 mil empresários saíram do país. Aqui no Brasil, uns
800 mil terão que ir para outro lugar. Ninguém vai querer perder
dinheiro. Eu adoro o Lula, acho
que ele é a modernidade nas relações trabalhistas. Mas, no poder,
ele será um atraso. Eu não gostaria de tê-lo como presidente".
Em abril de 1993, após o impeachment de Collor, Amato já
não sustentava a mesma opinião:
"Não sei se votaria no Lula, mas
hoje ele me causa menos apreensão. O Lula, que no passado só falava em greve, hoje sabe que o caminho é o diálogo". Amato fez até
uma autocrítica sobre 89: "Acho
que fui um velhaco. Não velhaco,
fui maldoso e não fui leal".
Amato, porém, nunca votou em
Lula. Em 1994, afirmou que "o
Fernando Henrique é um Lula
ampliado, melhorado e retificado.
Ele é um homem de direita, basicamente. Ele tem credibilidade.
(Lula) Também tem credibilidade. Ele melhorou. O Lula hoje não
assusta". Na eleição de 1998, disse:
"Lula é um homem de grande valor, mas para presidente não dá".
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