São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2000

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Em 89, Amato "previu" fuga de empresários

DA REDAÇÃO

Durante a campanha presidencial de 1989, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, cresceu nas pesquisas no início de outubro, trazendo aos empresários o receio de uma vitória do PT.
No dia 11 de outubro, Mario Amato, então presidente da Fiesp, afirmou durante reunião com 130 empresários: "Lá (em Portugal, após a Revolução dos Cravos), cerca de 80 mil empresários saíram do país. Aqui no Brasil, uns 800 mil terão que ir para outro lugar. Ninguém vai querer perder dinheiro. Eu adoro o Lula, acho que ele é a modernidade nas relações trabalhistas. Mas, no poder, ele será um atraso. Eu não gostaria de tê-lo como presidente".
Em abril de 1993, após o impeachment de Collor, Amato já não sustentava a mesma opinião: "Não sei se votaria no Lula, mas hoje ele me causa menos apreensão. O Lula, que no passado só falava em greve, hoje sabe que o caminho é o diálogo". Amato fez até uma autocrítica sobre 89: "Acho que fui um velhaco. Não velhaco, fui maldoso e não fui leal".
Amato, porém, nunca votou em Lula. Em 1994, afirmou que "o Fernando Henrique é um Lula ampliado, melhorado e retificado. Ele é um homem de direita, basicamente. Ele tem credibilidade. (Lula) Também tem credibilidade. Ele melhorou. O Lula hoje não assusta". Na eleição de 1998, disse: "Lula é um homem de grande valor, mas para presidente não dá".


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