DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em coquetel no Itamaraty após a entrega do prêmio Notre Dame, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que transformará a Granja do Torto num local de hospedagem para chefes de Estado em visita ao Brasil.
Segundo Virgílio, Lula afirmou que nos países que visitou há locais com esse fim, enquanto aqui as autoridades ficam em hotéis onde a segurança não é ideal e a presença dos chefes de Estado causa transtornos aos hóspedes.
Hoje, a Granja do Torto, casa de campo do presidente, é usada para confraternizações e reuniões.
Durante a solenidade de entrega do prêmio, FHC avisou que seria breve, evitando os improvisos, e fez um discurso de cinco minutos. O presidente Lula também foi breve -falou por nove minutos.
Virgílio puxou as palmas quando Lula elogiou a transição do governo passado para o atual dizendo que não houve "obstáculos".
Na platéia, que reunia integrantes do governo petista e do de FHC, o clima era de descontração. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, reclamou, em tom de brincadeira, que seu lugar ficava ao lado da imprensa e que, por isso, não teria paz. O ministro José Dirceu (Casa Civil) exibia o bronzeado de Porto de Galinhas (PE), onde passou o Réveillon.
Na saída, Jaques Wagner (Trabalho) foi abordado por uma mulher com uma criança no colo e mais duas, entre oito e dez anos, que pediu emprego. Ele entrou no carro sem responder. (FERNANDA KRAKOVICS e GABRIELA ATHIAS)

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