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TREM DO PARANÁ
Governador indicou ao menos 26 parentes
Empresário questiona na Justiça nepotismo no governo Requião
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O empresário Ghilhobel Aurélio Camargo ingressou ontem
com ação popular na Justiça do
Paraná pleiteando a anulação dos
decretos de nomeação de cinco
parentes do governador Roberto
Requião (PMDB). Todos foram
indicados no ano passado.
Da relação de nomeações questionadas, constam a da mulher de
Requião, Maristela Quarenghi
Mello e Silva, no cargo de assessora especial, e as dos irmãos Maurício Requião, secretário estadual
da Educação, e Eduardo Requião,
superintendente dos portos de
Paranaguá e Antonina.
A ação, defendida pelo advogado José Cid Campêlo Filho -secretário de Governo na administração do antecessor de Requião,
Jaime Lerner (ex-PFL, hoje no
PSB)-, pede que, em caso de
condenação, os parentes percam
os cargos e sejam obrigados a devolver os valores recebidos.
Também sugere ao Ministério
Público Estadual a apuração de
eventual responsabilidade penal e
improbidade administrativa do
governador e dos familiares.
Segundo Camargo, até 31 de dezembro de 2006, quando se completa o mandato do atual governador, o Estado terá gasto cerca
de R$ 1,2 milhão no pagamento
de salários aos parentes.
Nos primeiros meses após a
posse, Requião nomeou ao menos nove parentes -são cerca de
26 indicados. Os salários variam
de R$ 1.200 a R$ 12 mil.
Requião e os envolvidos não comentaram ontem a ação. Em novembro de 2003, em resposta à reportagem da Folha que trouxe o
assunto à tona, Requião disse ter
indicado os parentes "pelo critério da confiança".
(MARI TORTATO)
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