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Psicanalista critica "círculo vicioso de auto-emulação"
DA REDAÇÃO
O psiquiatra e psicanalista
Plinio Montagna, diretor científico da Sociedade Brasileira
de Psicanálise de São Paulo, diz
que "reconhecimento e valorização são importantes a todo
ser humano". O problema surge quando as pessoas deixam
de premiar quem merece e
criam um "círculo vicioso".
"Se um símbolo é valorizado
pelo grupo e pelo indivíduo que
o recebe- principalmente se
ele é fruto de verdade, se estiver
de acordo valores grupais reais
e do indivíduo- o costume é
benéfico para o grupo e para o
indivíduo", afirma. "Estimula
no prosseguimento de um caminho ou de uma determinada
forma de agir", complementa.
Para o professor, uma
"honraria" pressupõe esforço e
até renúncia para chegar ao resultado. "A ausência de critérios definidos leva ao reino da
confusão, do caos, enfim, da
perversão e da perversidade."
Uma conseqüência que pode
surgir, afirma, é que não há "desenvolvimento do indivíduo e
do grupo, mas de um círculo vicioso de auto-emulação e estagnante, que premia a proximidade com o poder, as ligações privilegiadas".
O psicanalista diz que o crescimento humano depende da
verdade, que é "um alimento
para a mente". "Às vezes receber a medalha em si é só o que
importa, e uma pessoa pode
agir como um colecionador, assim como se coleciona selos, só
que com o poder de inflar mais
o ego", afirma.
(FBM)
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