São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2008

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Psicanalista critica "círculo vicioso de auto-emulação"

DA REDAÇÃO

O psiquiatra e psicanalista Plinio Montagna, diretor científico da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, diz que "reconhecimento e valorização são importantes a todo ser humano". O problema surge quando as pessoas deixam de premiar quem merece e criam um "círculo vicioso".
"Se um símbolo é valorizado pelo grupo e pelo indivíduo que o recebe- principalmente se ele é fruto de verdade, se estiver de acordo valores grupais reais e do indivíduo- o costume é benéfico para o grupo e para o indivíduo", afirma. "Estimula no prosseguimento de um caminho ou de uma determinada forma de agir", complementa.
Para o professor, uma "honraria" pressupõe esforço e até renúncia para chegar ao resultado. "A ausência de critérios definidos leva ao reino da confusão, do caos, enfim, da perversão e da perversidade."
Uma conseqüência que pode surgir, afirma, é que não há "desenvolvimento do indivíduo e do grupo, mas de um círculo vicioso de auto-emulação e estagnante, que premia a proximidade com o poder, as ligações privilegiadas".
O psicanalista diz que o crescimento humano depende da verdade, que é "um alimento para a mente". "Às vezes receber a medalha em si é só o que importa, e uma pessoa pode agir como um colecionador, assim como se coleciona selos, só que com o poder de inflar mais o ego", afirma. (FBM)


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