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Governo tenta reduzir valor
da Sucursal de Brasília
O governo deverá tentar reduzir
o valor do precatório das empreiteiras no momento em que tiver
de liberar o recurso, por meio de
conferência das contas de correção monetária e taxas de juros
realizadas no processo judicial do
caso.
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, disse por intermédio
de sua assessoria que desconhece
os fatores que geraram o valor tão
elevado do precatório das empreiteiras e que só estudará eventuais providências depois da
aprovação do Orçamento, com a
previsão dessa verba.
Na época em que a causa foi definida, em 1996, o ministro dos
Transportes era Odacir Klein. Padilha assumiu o cargo no ano seguinte.
Segundo a sua assessoria de imprensa, Padilha espera que os órgãos do governo envolvidos na
questão tomem as medidas que
tragam "o maior benefício para o
contribuinte".
A AGU (Advocacia Geral da
União) afirmou que, no momento em que a dívida for quitada, irá
verificar os cálculos que levaram à
definição do valor do precatório,
caso o próprio DNER (Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem) não tome essa iniciativa.
Conforme a AGU, o governo
economizou R$ 11,5 bilhões desde
1996 com a revisão de valores de
dívidas decorrentes de derrotas
judiciais ao longo dos anos.
Nesses casos, o órgão verifica se
há erro na interpretação da sentença ou na aplicação dos índices
adotados para a definição do precatório.
Em tese, o governo federal também tem uma brecha judicial para tentar obter a revisão da sentença que o condenou a pagar o
precatório. Tem prazo até dezembro deste ano para apresentar
uma ação rescisória, que reabriria
a causa.
O Sinicon (Sindicato Nacional
da Indústria da Construção Pesada) insistirá na liberação imediata
da verba. "Essa é uma dívida líquida e certa", disse o presidente
da entidade, Luiz Fernando Santos Reis.
Ele afirmou que as empreiteiras
envolvidas na ação estão esperando a liberação do dinheiro neste
ano porque o setor estaria em retração e o dinheiro é necessário
para fechamento de contas.
"O faturamento em 2000 deverá
ser metade do registrado em
1999", afirmou Santos Reis.
(SF)
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