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Nova Holanda
fez doações
a Roseana
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A empresa Nova Holanda
Agropecuária, que está sob investigação da Polícia Federal
por suspeita de fraude contra a
extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia), contribuiu para as
duas campanhas eleitorais de
Roseana Sarney (PFL) ao governo do Maranhão, nos anos
de 1994 e 1998.
A empresa aparece nas demonstrações de gastos que a
governadora apresentou ao
TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão nas duas
campanhas.
Na primeira, a contribuição
foi de R$ 50 mil, em valores da
época, mas a prestação de contas não esclarece se a doação foi
em cheque ou em dinheiro.
Na campanha de 1998, quando Roseana se reelegeu, pelo
PFL, a empresa contribuiu com
um cheque de R$ 25 mil. A Folha não conseguiu falar com os
acionistas da empresa sobre as
contribuições de campanha.
Por ordem da Justiça Federal
do Estado de Tocantins, a Polícia Federal investiga a existência de vínculos do marido da
governadora Roseana Sarney,
Jorge Murad (gerente de Planejamento do Maranhão), com
pelo menos dois projetos que
resultaram em prejuízos para a
Sudam: a Nova Holanda e a
Usimar Componentes Automotivos.
Jorge Murad e Roseana Sarney são os proprietários da Lunus Serviços e Participações,
que teve sua sede, na cidade de
São Luis (MA), invadida pela
Polícia Federal, na última sexta-feira.
O elo entre a Lunus e a Nova
Holanda remonta a agosto de
1993, quando a Lunus criou a
Agrima Agricultura e Pecuária.
Seis meses depois, a Agrima
foi vendida a empresários do
Paraná e Jorge Murad se desvinculou formalmente da empresa.
A Nova Holanda, do mesmo
grupo que comprou a Agrima,
contribuiu para a campanha de
Roseana em outubro de 1994.
Segundo informações do Ministério Público Federal, a Nova Holanda recebeu um empréstimo de R$ 39,8 milhões da
Sudam, em 1996, para compra
de calcário e melhorias na produção, mas a maior parte do dinheiro teria sido desviada.
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