São Paulo, quarta-feira, 06 de março de 2002

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ELEIÇÃO NO ESCURO

Decisão que seria aprovada ontem exige nome em propaganda

Vices não vão poder ficar "escondidos" na campanha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deveriam aprovar ontem à noite as resoluções que vão disciplinar estas eleições, inclusive a que vinculará as coligações estaduais às alianças da disputa presidencial.
Terminou ontem o prazo para definição das normas que vão valer para as eleições deste ano. A expectativa é que eles aprovassem as instruções sobre registro de candidaturas (com algumas regras sobre coligações), propaganda eleitoral e prestação de contas, entre outras questões.
Uma das novidades previstas é que os candidatos a presidente e a governador terão que exibir na propaganda o nome do seu vice. A mesma exigência seria estendida aos candidatos a senador, em relação aos suplentes.
Há oito dias, o TSE provocou uma revolução no processo eleitoral e freou as articulações políticas ao impor a vinculação das coligações estaduais à aliança para presidente. A mudança foi instituída por 5 votos a 2. A maioria dos ministros disse que não se tratava de alteração nas regras do jogo, mas de interpretação da legislação eleitoral, não realizada em 98 por falta de questionamento.

Recurso
O presidente do PSB, Miguel Arraes, disse ontem que o partido recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar a vinculação. Em reunião hoje, a sigla vai reforçar a necessidade de lançar candidaturas majoritárias em todos os Estados. Além do recurso ao STF, o PSB deverá iniciar uma campanha nacional contra a vinculação das coligações.



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