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CÂMARA
Gastos de parlamentares nos seus Estados serão pagos mediante apresentação de notas fiscais avalizadas por eles mesmos
Verba de deputados sobe para R$ 32 mil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A verba de gabinete dos deputados terá um aumento de 60% a
partir de 1º de maio. A Mesa da
Câmara aprovou o pagamento
das despesas dos parlamentares
nos Estados até o limite de R$
7.000, mais R$ 5.000 para a contratação de um funcionário.
O aumento, decidido no início
da noite de ontem, vai custar R$
70 milhões ao ano e será coberto
por um corte de R$ 156,8 milhões,
segundo o presidente da Câmara,
Aécio Neves (PSDB-MG), o que
representa uma economia de 10%
no orçamento da Câmara.
Os deputados têm direito a R$
20 mil para a contratação de até 16
funcionários. Com o aumento,
passam a receber R$ 32 mil.
Atualmente, os recursos não são
manipulados pelos parlamentares. O pagamento dos servidores é
feito diretamente pela Câmara.
A partir do próximo mês, os
gastos com aluguel e manutenção
dos escritórios nos Estados e com
locomoção nas bases eleitorais serão pagos pela Câmara, mediante
apresentação de notas fiscais, avalizadas pelo próprio parlamentar.
Hoje essas despesas são custeadas pelos deputados, que recebem até 19 salários anuais, quando há convocação extraordinária
nos recessos. O salário dos deputados é de R$ 8.000.
O aumento foi aprovado após
consulta aos líderes partidários e
teve apoio inclusive da oposição.
O terceiro-secretário da Mesa,
Paulo Rocha (PT-PA), foi um dos
que sugeriram o aumento.
Aécio Neves defendia um aumento de R$ 10 mil, mas o primeiro-secretário Severino Cavalcanti
(PPB-PE) queria mais R$ 25 mil.
"Isso vai dar independência ao
parlamentar para exercer seu
mandato", disse Aécio. O aumento foi uma das promessas de campanha dos candidatos a presidente da Casa.
O ex-presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP) também
aumentou a verba de gabinete dos
deputados. Era R$ 10 mil e passou
para R$ 20 mil, quando o peemedebista presidiu a Câmara pela
primeira vez (1997/99).
O corte de despesas aprovado
pela Mesa vai atingir as áreas de
pessoal, serviços gerais e publicações e eventos. Do corte, R$ 16,3
milhões sairão da suspensão de
obras e aquisições e da redução de
15% no valor total do contratos
com empresas prestadoras de serviços à Câmara. A economia com
cortes nas publicações e nos eventos será de R$ 2,8 milhões.
O remanejamento do dinheiro
dessas áreas precisa ser aprovado
pelo Congresso, porque vai mudar a destinação prevista no Orçamento da União. O projeto para
remanejar os recursos foi negociado com o governo por Aécio.
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