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Sarney nomeou
ministro para o
tribunal em 87
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Natural de Caxias (MA),
Edson Vidigal, 59, foi deputado federal de 1979 a 1983 e
jornalista. Ele é amigo do ex-presidente José Sarney, que,
em 1987, o nomeou ministro
do extinto Tribunal Federal
de Recursos, hoje STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo a Folha apurou, o
novo presidente do STJ enviou 7.000 convites para sua
cerimônia de posse. Parentes dele chegaram no início
da tarde em Brasília e usaram ônibus fretado para ir
ao tribunal. Ao final da cerimônia, foi servido coquetel
pago pelo próprio ministro,
segundo a assessoria de imprensa. A segurança estimou
que havia cerca de 3.000 pessoas na posse, distribuídas
por salas com telões.
Em seu discurso, Vidigal
comentou a possibilidade de
seus parentes sofrerem assédio dos "demônios da corrupção, do tráfico de influências, do fascismo", recomendando-lhes que resistam a essas tentações.
Em razão de reportagem
publicada pela Folha no dia
23 de fevereiro -"PF investiga elo entre quadrilha e juiz
do STJ"- Vidigal processa
judicialmente o jornalista
Josias de Souza, diretor da
sucursal do jornal em Brasília. O texto que considerou
ofensivo tratava de uma investigação feita pela Polícia
Federal em Mato Grosso.
Escutas telefônicas autorizadas judicialmente captaram diálogos em que prepostos da quadrilha de João
Arcanjo Ribeiro, o comendador Arcanjo, mencionavam o nome do advogado
Erick Vidigal e faziam referências indiretas a seu pai, o
ministro Edson Vidigal.
Ouvido à época, Edson Vidigal disse que seu filho
"exerce legalmente a profissão" de advogado. Afirmou
também que havia indeferido pedido de habeas corpus
que favoreceria Luiz Alberto
Dondo Gonçalves, contador
da quadrilha mato-grossense do comendador Arcanjo.
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