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Empregado vai
virar produtor
do enviado especial
Wilson José de Souza, 39, está
prestes a se tornar a exceção que
confirma a regra em Sapezal.
Agrônomo e diretor-técnico do
Grupo Maggi, ele -que não é loiro, não tem olhos claros e é goiano- está prestes a deixar o emprego para virar produtor.
Com o que economizou trabalhando por 12 anos para os Maggi,
Souza já conseguiu comprar 1,1
mil hectares na região.
Sua transformação de empregado em patrão está programada para o ano 2000. Será então um dos
primeiros produtores não-originários do sul do país em Sapezal.
Até lá, arrendou suas terras
-uma maneira econômica de
``amaciá-las'' para o plantio.
Ele não é o único caso de empregado que progrediu e conseguir
montar seu próprio negócio na
Chapada dos Parecis.
O paranaense Jonas Schaeffer
Maggi, 30, começou no Mato
Grosso pesando caminhões numa
balança das empresas do primo
André Maggi.
Habilitou-se como piloto de
avião e, dez anos depois, tem uma
empresa de aviação agrícola com
cinco aeronaves. Ele pulveriza as
plantações de 54 produtores em
Sapezal.
Essas histórias de vitória pessoal
são um estímulo para o gaúcho
Gilmar Zanata, 30. Técnico agrícola, ele chegou a Sapezal há apenas
45 dias.
Trabalha para os Maggi com um
contrato provisório, mas está animado. Atualmente, ganha o dobro
do que ganhava no Rio Grande do
Sul. ``O princípio é trabalhar.
Comprar terra? Um dia, quem sabe...''.
(JRT)
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