São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997.

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Empregado vai virar produtor

do enviado especial

Wilson José de Souza, 39, está prestes a se tornar a exceção que confirma a regra em Sapezal.
Agrônomo e diretor-técnico do Grupo Maggi, ele -que não é loiro, não tem olhos claros e é goiano- está prestes a deixar o emprego para virar produtor.
Com o que economizou trabalhando por 12 anos para os Maggi, Souza já conseguiu comprar 1,1 mil hectares na região.
Sua transformação de empregado em patrão está programada para o ano 2000. Será então um dos primeiros produtores não-originários do sul do país em Sapezal.
Até lá, arrendou suas terras -uma maneira econômica de ``amaciá-las'' para o plantio.
Ele não é o único caso de empregado que progrediu e conseguir montar seu próprio negócio na Chapada dos Parecis.
O paranaense Jonas Schaeffer Maggi, 30, começou no Mato Grosso pesando caminhões numa balança das empresas do primo André Maggi.
Habilitou-se como piloto de avião e, dez anos depois, tem uma empresa de aviação agrícola com cinco aeronaves. Ele pulveriza as plantações de 54 produtores em Sapezal.
Essas histórias de vitória pessoal são um estímulo para o gaúcho Gilmar Zanata, 30. Técnico agrícola, ele chegou a Sapezal há apenas 45 dias.
Trabalha para os Maggi com um contrato provisório, mas está animado. Atualmente, ganha o dobro do que ganhava no Rio Grande do Sul. ``O princípio é trabalhar. Comprar terra? Um dia, quem sabe...''. (JRT)
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