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"Laudo não constatou lesão'
da Sucursal do Rio
O deputado Ivan Valente
(PT-SP) até hoje tem problemas no joelho direito em razão
de torturas que sofreu em 1977
no DOI-Codi do Rio.
Ele foi preso num grupo de 17
militantes do MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado), organização clandestina e não-armada.
Valente afirma que estava
muito machucado quando foi
examinado no DPPS (Departamento de Polícia Política e Social), o que, supostamente, seria uma irregularidade: o correto seria que o exame ocorresse no Instituto Médico Legal.
O legista, afirma o deputado,
ignorou as marcas de pancadas
no peito, os sinais de choques
elétricos, um derrame no joelho e as dificuldades respiratórias. "O laudo sobre minhas
condições não constatou lesão
alguma", diz ele.
Todos os presos do hoje chamado "processo do MEP" foram torturados, segundo Valente, tendo passado pelas
"geladeiras", cubículos refrigerados onde ficavam nus e
encapuzados.
Dezessete legistas são acusados de terem ignorado sinais
de tortura em 21 presos políticos que morreram em supostos confrontos com a polícia
ou em presumidas fugas.
Outros três legistas são acusados de ignorar as torturas
dos presos políticos detidos
sob a acusação de pertencer
aos quadros do MEP.
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