São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004 |
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PF suspende greve, mas outra categoria pára
LUIS RENATO STRAUSS DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Pressionados pelo desconto dos dias parados, os grevistas da Polícia Federal decidiram voltar ao trabalho por três dias. A decisão, que vale até a próxima terça-feira, foi tomada ontem em assembléia de representantes dos sindicatos estaduais. A "trégua" é para tentar reabrir as negociações. O Ministério da Justiça suspendeu o diálogo em 14 de abril, quando foi recusada a proposta de aumento linear de 17% e de discussão de projeto de lei para reformular a carreira. O dia foi marcado ainda pelo protesto dos auditores da Receita Federal, em Brasília, e pela decretação de greve nas DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho). Segundo presidentes de sindicatos da PF ouvidos pela Folha, a decisão de descontar os dias parados fragilizou a base grevista, que pede reajustes de 16% a 85%. A suspensão temporária da greve foi acertada anteontem com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que se dispôs a intermediar as negociações. Outras greves O endurecimento com grevistas também foi adotado pelo Ministério do Planejamento, que disse ontem que vai retirar a proposta feita aos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e que só vai negociar depois da volta ao trabalho. Também foi decretado o corte de ponto. Os grevistas pedem mudanças no plano de carreira e no termo de adesão ao aumento de 47,11%. Cerca de 250 auditores da Receita participaram de um protesto em frente ao Ministério da Fazenda, no qual distribuíram pizzas e exibiram faixas. Os auditores pedem que os salários iniciais subam de R$ 5.300 para R$ 12,5 mil. O governo já ofereceu aumento de 30% em gratificações. Em relação à greve dos funcionários das DRTs, até a conclusão desta edição, não havia uma estimativa da adesão. Texto Anterior: Palocci e Dirceu defendem Lula em programa do PT Próximo Texto: Governo ameaça com suspensão de reajuste Índice |
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