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JUSTIÇA
Pena vira multa de R$ 120
Nicéa é condenada por caluniar empresário
DA REPORTAGEM LOCAL
A ex-primeira-dama de São
Paulo Nicéa Camargo foi condenada a seis meses de detenção e
multa de um salário mínimo por
caluniar o empresário Jorge Yunes. A pena, aplicada pela 9ª Câmara do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, foi substituída pelo pagamento de dez dias-multa -R$ 120.
Nicéa disse ontem que irá recorrer da decisão. "Tenho certeza
que será revertida", afirmou a ex-mulher de Celso Pitta, prefeito de
São Paulo entre 1997 e 2000.
A ex-primeira dama foi acionada na Justiça por Yunes por causa
de uma entrevista ao programa
"Show Business", de João Dória
Jr., na Rede TV!, na qual disse suspeitar que o empresário era o autor das ameaças que, de acordo
com ela, estava recebendo.
O juiz-relator Francisco Vicente
Rossi afirmou no processo que
Nicéa "teve a intenção inequívoca
de atingir a honra alheia".
Yunes, tesoureiro da campanha
de Pitta em 1996, havia processado a ex-primeira-dama anteriormente, por danos morais, mas ela
conseguiu reformar a decisão de
primeira instância. "Estou tranqüila e acredito que vou conseguir
derrubar essa sentença", disse.
O ex-prefeito volta hoje a prestar depoimento. Nicéa o acusa de
ter contas no exterior. Dessa vez,
Pitta deverá depor no Ministério
Público Estadual.
Na terça-feira, o ex-prefeito foi
ouvido pela CPI do Banestado, no
Congresso Nacional. Ele obteve
da Justiça o direito de só responder o que quisesse.
Por causa disso, Pitta e o presidente da CPI, senador Antero
Paes de Barros (PSDB-MT), discutiram, e o parlamentar lhe deu
voz de prisão. Depois de prestar
esclarecimentos à Polícia Federal,
o ex-prefeito foi liberado. Pitta
disse que se sentiu "ofendido e
humilhado".
(CHICO DE GOIS)
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