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Acordo com FMI prevê crescimento de 3%
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O crescimento econômico neste ano deverá ficar em torno de 3%, segundo o cenário previsto no novo acordo do Brasil com o FMI, fechado na semana passada. Para 2002, esse percentual será maior.
Antes da crise energética, as projeções do governo apontavam para crescimentos de 4,5% ao ano entre 2001 e 2003. O Banco Central já havia estimado um crescimento de 2,8% para este ano.
Além da crise energética, o governo vem se mostrando especialmente preocupado com a redução da atividade econômica de EUA, Europa e Japão.
Nesta semana, os integrantes da missão brasileira que negociaram o novo acordo com o Fundo tornarão públicas suas linhas gerais, com previsões sobre as metas de superávit primário (economia de receitas para pagamento de juros) deste ano e do próximo. A Folha apurou que o superávit do ano que vem deverá ser um pouco superior a 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto), cerca de R$ 42 bilhões em valores atuais.
O ministro do Planejamento, Martus Tavares, já havia dito que o superávit deste ano será um pouco menor que o de 2002. A previsão inicial era economizar 3% do PIB. Com a economia de receitas, o objetivo do governo é estabilizar a dívida pública em torno de 50% do PIB até o final de 2002. Por causa da alta do dólar e dos juros, essa dívida pode atingir 53% do PIB ainda neste ano.
Os detalhes do acordo só deverão ser divulgados após aprovação dele pela direção do FMI em setembro. O acordo também será submetido ao Senado. As metas negociadas incluem limites para a dívida externa e manutenção de um piso em reservas internacionais (hoje de US$ 25 bilhões).
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