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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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MST, Contag e Pastoral devem unificar ações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os representantes dos maiores movimentos sociais que atuam no campo (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e Comissão Pastoral da Terra) defendem a unificação das suas ações para aumentar seu poder de pressão sobre o governo.
João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, Manoel José dos Santos, da Contag, e o sociólogo Francisco de Oliveira, uma referência para os movimentos populares, defendem, inclusive, o estreitamento da ligação entre os que atuam no campo e nas cidades, caso das centrais sindicais.
Esses movimentos são aliados históricos do PT e do presidente Lula. "O que ajuda o governo a acertar é fazer críticas. Mas temos de ter cuidado para não favorecer aqueles que querem o fracasso dessa gestão", disse Santos.
"Vamos juntar a Contag, o MST, todo mundo para mostrar de forma decisiva que, se não houver dinheiro para a reforma agrária, vai complicar não só para os movimentos sociais, mas também para o governo. Temos de ajudar a conduzir o governo que ajudamos a eleger", afirmou.

Documento
A Coordenação dos Movimentos Sociais, que reúne MST, sem-teto, pastorais e setores da CUT e do movimento estudantil, deve finalizar um documento com suas principais reivindicações até o final da semana.
Segundo Waldemar Rossi, um dos coordenadores do movimento, o documento pedirá uma auditoria da dívida externa brasileira e se manifestará contrariamente à Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Além disso, fará propostas específicas ao governo, como a realização de investimentos em mutirões para a construção de moradias populares e "um projeto de construção de uma rede de estradas de ferro neste país", afirma Rossi.


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