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MST, Contag e Pastoral devem unificar ações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os representantes dos maiores
movimentos sociais que atuam
no campo (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra,
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e Comissão Pastoral da Terra) defendem a unificação das suas ações
para aumentar seu poder de pressão sobre o governo.
João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, Manoel José
dos Santos, da Contag, e o sociólogo Francisco de Oliveira, uma
referência para os movimentos
populares, defendem, inclusive, o
estreitamento da ligação entre os
que atuam no campo e nas cidades, caso das centrais sindicais.
Esses movimentos são aliados
históricos do PT e do presidente
Lula. "O que ajuda o governo a
acertar é fazer críticas. Mas temos
de ter cuidado para não favorecer
aqueles que querem o fracasso
dessa gestão", disse Santos.
"Vamos juntar a Contag, o
MST, todo mundo para mostrar
de forma decisiva que, se não
houver dinheiro para a reforma
agrária, vai complicar não só para
os movimentos sociais, mas também para o governo. Temos de
ajudar a conduzir o governo que
ajudamos a eleger", afirmou.
Documento
A Coordenação dos Movimentos Sociais, que reúne MST, sem-teto, pastorais e setores da CUT e
do movimento estudantil, deve finalizar um documento com suas
principais reivindicações até o final da semana.
Segundo Waldemar Rossi, um
dos coordenadores do movimento, o documento pedirá uma auditoria da dívida externa brasileira e se manifestará contrariamente à Alca (Área de Livre Comércio
das Américas). Além disso, fará
propostas específicas ao governo,
como a realização de investimentos em mutirões para a construção de moradias populares e "um
projeto de construção de uma rede de estradas de ferro neste país",
afirma Rossi.
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