|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REAÇÃO DA MINORIA
Bloco de 21 senadores e deputados federais pede suspensão de petistas envolvidos em denúncias
Esquerda do PT faz ato contra corrupção
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A esquerda do PT reuniu-se
ontem em São Paulo num ato
contra o Campo Majoritário do
partido e em defesa da aplicação
de punições nos envolvidos no
escândalo do "mensalão".
O ato "contra a política econômica, as alianças espúrias e a
corrupção" reuniu cerca de 600
pessoas num salão próximo à sede do Diretório Nacional do PT.
O primeiro passo defendido
ontem pelo ex-ministro da Educação e senador Cristovam
Buarque (DF) para a depuração
do PT é o reconhecimento por
parte dos petistas de que a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe frustrações ao
partido. "Temos de reconhecer
essas frustrações para entender
o que aconteceu. Esperávamos,
por exemplo, que com a vitória
do Lula o Brasil tivesse um
imenso orçamento participativo, mas o que tivemos foi o
"mensalão". Mas o partido precisa superar suas deficiências."
Parlamentares defenderam
durante o ato a distinção entre a
história do PT e os atos de corrupção divulgados pela imprensa. "Queremos reconstituir a
história do PT. A imprensa me
pergunta: vão haver dois PTs?
Não. O PT somos nós. A porta
da rua é a serventia da casa", disse a senadora Ana Júlia (PA).
Ana Júlia e outros 21 deputados e senadores do Bloco de Esquerda Parlamentar assinaram
ontem uma proposta de suspensão das atividades de todos os dirigentes e parlamentares envolvidos em denúncias das atividades políticas e partidárias. A proposta será apresentada hoje em
reunião do Diretório Nacional.
Na carta, eles rejeitam ainda o
argumento defendido por alguns petistas de que caixa dois
eleitoral não é crime e é prática
corrente em todos os partidos.
Candidatos de esquerda à presidência nacional do PT, Valter
Pomar, Plínio de Arruda Sampaio, Markus Sokol e Raul Pont
defenderam a manutenção da
data da eleição, prevista para o
dia 18 de setembro. Nos bastidores, membros do Campo Majoritário defenderam a alteração.
Compareceram ao ato o senador Eduardo Suplicy (SP) e diversos deputados federais e estaduais, além de representantes da
UNE (União Nacional dos Estudantes) e do MLST (Movimento
de Libertação dos Sem-Terra).
Texto Anterior: Tarso ameaça desistir de candidatura no PT Próximo Texto: Mensalônicas - "Mensalão": PF indicia assessores do PT e do PL por recusa a esclarecimento sobre saques Índice
|