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CRISE CAPIXABA
Justiça ouve Ignácio sobre licitação suspeita
DA AGÊNCIA FOLHA
A Justiça Federal do Espírito
Santo vai ouvir o governador José
Ignácio Ferreira (PTN), por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), sobre o Prodesan (Programa de Despoluição
dos Ecossistemas Litorâneos).
O programa, que recebeu financiamento de US$ 154 milhões do
Banco Mundial, está sendo investigado por suspeitas de irregularidades no processo de licitação do
programa.
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu a
instauração de inquérito penal
alegando supostos indícios de
malversação de dinheiro público,
enriquecimento ilícito, liberação
irregular de verbas públicas, condescendência criminosa e uso do
cargo para beneficiar interesse
privado.
O Superior Tribunal de Justiça
também pediu, na semana passada, concessão da Assembléia para
processar Ignácio por supostos
crimes eleitorais e contra o sistema financeiro.
"Doações"
Neste caso, Ignácio é acusado de
ter montado uma operação fraudulenta para, após tomar um empréstimo no valor de R$ 2,6 milhões junto ao Banestes (banco do
Estado), sem ter oferecido as garantias normalmente exigidas em
operações similares, transferir o
dinheiro a três doadores da sua
campanha, que por sua vez depositaram o valor em outra conta
dele como "doação".
O advogado do governador,
Nabor Bulhões, afirmou que o
Banco Mundial auditou os contratos e as obras do Prodesan e
que não teria encontrado irregularidades.
"Esse inquérito só se justifica
pelo substrato político que está
permeando o assunto", afirmou
Bulhões.
Sobre o empréstimo tomado
junto ao Banestes, disse, em entrevista concedida anteriormente,
que as acusações feitas contra Ignácio "não passam de especulação" e foram motivadas por uma
operação bancária que pode ser
tida como "complexa", mas não
criminosa.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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