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Partidos disputam a vaga de relator
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A proposta de reforma tributária nem foi votada definitivamente na Câmara dos Deputados e já
causa divergências políticas no
Senado. Nos bastidores, está
avançada a disputa entre oposição e governo pelo cargo de relator da emenda, para o qual há pelo menos três cotados: um do
PFL, um do PMDB e um do PTB.
O líder do PFL, José Agripino
(RN), avisou o presidente da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça), Edison Lobão (PFL-MA), a
quem cabe fazer a designação,
que o partido não abre mão de indicar o relator. O candidato anunciado pelo PFL é o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), ligado
ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e ex-ministro de
Minas e Energia no governo FHC.
Sabendo da reivindicação do
PFL, o líder do governo, Aloizio
Mercadante (PT-SP), deixou claro que não aceita que o PFL indique o relator: ""É muito importante que o relator seja da base governista. No governo passado, a oposição nunca reivindicou a relatoria de reforma constitucional".
Entre os senadores do bloco governista (PT, PSB, PTB e PL), o
nome cotado para a função é o do
ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fernando Bezerra (PTB-RN).
Correndo por fora, com a simpatia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está Romero Jucá (PMDB-RR), que só será o escolhido caso o PMDB fique
com a vaga ao final da disputa.
A seu favor, o PFL argumenta
que Lobão é presidente da CCJ
por indicação do partido e pode
escolher quem quiser. Além disso, os pefelistas têm a segunda
maior bancada do Senado (18),
atrás do PMDB (22). Ligado a Sarney, Lobão está sendo pressionado por todos os lados e tem se negado a falar sobre o assunto.
(RAQUEL ULHÔA)
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