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CNBB aproveita data para pedir reforma política
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em mensagem distribuída
ontem pelas comemorações
da Independência, a CNBB
(Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) defende
uma profunda reforma política e diz que a experiência
de participação popular não
pode ser perdida pela "ação
nefasta de políticos que buscam o poder e vantagens
pessoais a qualquer custo".
Assinada pela cúpula da
entidade, a nota diz que o
Brasil vive momentos de
grande sofrimento e que a
crise está a ação política ao
descrédito: "A democracia
não subsiste à corrupção",
afirma. Lembra ainda que as
instituições estão sendo duramente atingidas, já que a
"cultura da corrupção, alimentada por corporativismos históricos, tem utilizado estruturas de poder para
benefício próprio, substituindo debate de idéias por
projetos de poder".
Uma das organizadoras do
"Grito dos Excluídos", a
CNBB também apóia o manifesto "Da Indignação à
Ação", lançado na semana
passada por várias entidades
para pedir o debate da reforma política. O movimento
sugere a realização de audiências públicas. "O dia Sete de Setembro já faz parte
da nossa cultura como apelo
a sermos sujeitos da nossa
história, completando a nossa independência e a nossa
soberania. A mãe pátria espera de todos nós decisões
corajosas para uma renovada face de nossa democracia", diz a mensagem.
É assinada pelo presidente
da CNBB, d. Geraldo Majella
Agnelo; pelo vice-presidente, d. Antônio Celso de Queirós; e pelo secretário-geral,
d. Odilo Pedro Scherer.
A íntegra da nota está disponível no site www.cnbb.org.br
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