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Força Sindical lidera protesto contra corrupção "silencioso" em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem clima nem consenso para
pedir "Fora, Lula", um grupo de
entidades, lideradas pela Força
Sindical, fará hoje a marcha "Grito do Silêncio!", que percorrerá o
centro de São Paulo sem discursos ou palavras de ordem. Mesmo
assim, os organizadores apostam
que será o maior manifestação
crítica ao governo Lula na cidade
desde o início da crise.
Um texto produzido pelas entidades do "Movimento pela Legalidade, contra o Arbítrio e a Corrupção", que promove o ato, será
lido ao final da passeata, na Praça
Ramos. Além da Força e mais três
centrais sindicais, integram o movimento a OAB-SP, a Associação
Comercial de São Paulo, a Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O PSDB-SP, o
presidente do PPS, Roberto Freire, e o senador Cristovam Buarque (PT-DF) aderiram ao evento.
"Agora que vemos essa tentativa de abafar, nosso principal objetivo é pedir punição e esclarecimento. O Executivo, que foi quem
pagou [o "mensalão'], quer jogar a
crise para o Congresso. Essa crise
é do governo", afirma Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
O ato foi convocado pelas centrais sindicais no começo de agosto e a idéia era endurecer as críticas contra o governo Lula. A possibilidade de encampar o pedido
de impeachment chegou a ser cogitada, mas não houve consenso.
Paulinho nega que o caráter silencioso da marcha acabará por
poupar o governo. "A idéia é não
fazer mais do mesmo. Nada de
discurseira... Quisemos captar essa indignação, essa desesperança
silenciosa. A gente não vê que não
há grandes manifestações, mas
tem um silêncio muito pesado",
afirma. "A favor do governo deixa
com a CUT e a UNE", alfineta.
A concentração da passeata
acontecerá a partir da 8h, na Praça
da Sé.
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