São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2005

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Força Sindical lidera protesto contra corrupção "silencioso" em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem clima nem consenso para pedir "Fora, Lula", um grupo de entidades, lideradas pela Força Sindical, fará hoje a marcha "Grito do Silêncio!", que percorrerá o centro de São Paulo sem discursos ou palavras de ordem. Mesmo assim, os organizadores apostam que será o maior manifestação crítica ao governo Lula na cidade desde o início da crise.
Um texto produzido pelas entidades do "Movimento pela Legalidade, contra o Arbítrio e a Corrupção", que promove o ato, será lido ao final da passeata, na Praça Ramos. Além da Força e mais três centrais sindicais, integram o movimento a OAB-SP, a Associação Comercial de São Paulo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O PSDB-SP, o presidente do PPS, Roberto Freire, e o senador Cristovam Buarque (PT-DF) aderiram ao evento.
"Agora que vemos essa tentativa de abafar, nosso principal objetivo é pedir punição e esclarecimento. O Executivo, que foi quem pagou [o "mensalão'], quer jogar a crise para o Congresso. Essa crise é do governo", afirma Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
O ato foi convocado pelas centrais sindicais no começo de agosto e a idéia era endurecer as críticas contra o governo Lula. A possibilidade de encampar o pedido de impeachment chegou a ser cogitada, mas não houve consenso.
Paulinho nega que o caráter silencioso da marcha acabará por poupar o governo. "A idéia é não fazer mais do mesmo. Nada de discurseira... Quisemos captar essa indignação, essa desesperança silenciosa. A gente não vê que não há grandes manifestações, mas tem um silêncio muito pesado", afirma. "A favor do governo deixa com a CUT e a UNE", alfineta.
A concentração da passeata acontecerá a partir da 8h, na Praça da Sé.


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