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Embaixador apoiou estratégia terceiro-mundista dos anos 70
Ítalo Zappa é enterrado em
Barra do Piraí, onde nasceu
free-lance para a Folha
Cerca de 60 pessoas compareceram ontem de manhã ao enterro do embaixador Ítalo Zappa, no cemitério Santa Rosa, em
Barra do Piraí (RJ), sua cidade
natal. Zappa morreu na terça,
aos 71 anos devido a complicações geradas por um câncer generalizado.
Dentre as coroas de flores enviadas para o velório, realizado
na capela do cemitério, estava a
enviada pelo governo de Cuba.
Zappa foi nomeado em 1986 o
primeiro embaixador brasileiro
em Havana após a Revolução
Cubana, ocorrida em 1959.
O diplomata também ocupou
as embaixadas brasileiras em
Moçambique, China e Vietnã.
Além de familiares e amigos
mais próximos, esteve no enterro o conselheiro do Itamaraty
Reginaldo Brito, representando
o ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia.
A Prefeitura de Barra do Piraí,
município no qual Ítalo Zappa
passou a infância e a juventude,
decretou luto oficial de três dias
na cidade.
Zappa foi um dos principais
nomes da política externa que
valorizou as relações com outros países do Terceiro Mundo,
durante o governo Ernesto Geisel (1974-1979). Além disso, foi o
principal articulador da política
de reconhecimento da independência dos países africanos de
língua portuguesa por parte do
Brasil, na década de 70.
Zappa iniciou sua carreira diplomática em 52. De 58 a 61, fez
parte da delegação brasileira na
OEA (Organização dos Estados
Americanos). Crítico do alinhamento do Brasil à política externa norte-americana, acreditava
que a globalização serve apenas
para os EUA ampliarem sua zona de influência.
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