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NO AR
Até a morte
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Com repercussão até na
CNN, o assassinato em Brasília
levou FHC a jogar cada vez
mais pesado contra Joaquim
Roriz. Ele e a Globo.
Fátima Bernardes, no Jornal
Nacional de sábado:
- Cinquenta e cinco horas
depois da morte de José da Silva, Joaquim Roriz prefere o silêncio. Até agora, não apareceu em público nem deu nenhuma declaração.
O presidente, que ajudou a
eleger o governador, foi além e
insinuou "intervenção branca"
com a Polícia Federal. No oficialismo da Globo:
- O presidente quer um inquérito isento, rigoroso e que
descubra os responsáveis.
Os mais otimistas podem até
acreditar que FHC aprendeu,
depois de Orleir Cameli e tudo
mais, no Acre.
Sob pressão, Joaquim Roriz
deu as caras ontem, com o fim
evidente de responder à Globo.
Não foi muito feliz:
- Estou num momento de
reflexão. Estou passando de
um choque traumático, que me
machucou, porque não sou da
violência. Sou da paz.
Estava ecoando a "simpatizante" que, como mostrou o
JN, "provocou tumulto durante o velório" do servidor assassinado, gritando que os manifestantes eram responsáveis. E
que Roriz "quer é paz".
O governador, ao aparecer
para a Globo, acabou se exasperando com as perguntas,
também a exemplo da simpatizante, no velório. No fim, registre-se, ela gritava para a família de José da Silva:
- Eu sou Roriz até a morte!
FHC, por sorte, também tem
Mundo Novo para oferecer à
CNN, esses dias.
Só no fim-de-semana, segundo a Globo News, foram presas
"15 pessoas, cinco das quais estariam ligadas ao assassinato
da prefeita de Mundo Novo".
Não que o presidente tenha
qualquer coisa a ver com as
prisões, mas ele também tem
sorte, às vezes.
E-mail: nelsonsa@uol.com.br
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