São Paulo, quinta-feira, 07 de março de 2002

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EM CAMPANHA

Na TV, Serra procura se associar a FHC

DA REPORTAGEM LOCAL

Com ênfase na idéia de "continuidade sem continuísmo", críticas indiretas a Roseana Sarney e boa parte do tempo dedicada a falar de sua vida na política e suas realizações no governo de Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra estrelou ontem o programa partidário do PSDB na TV, com 20 minutos de duração.
Baseado no crescimento da popularidade do presidente -na última pesquisa Datafolha, obteve 31% de bom/ótimo-, o programa procurou associar a candidatura de Serra à imagem de FHC.
"Se o Fernando Henrique me apóia, é porque sabe que vou manter as coisas boas. Sabe também que vou promover correções e mudanças no que for necessário", afirmou o pré-candidato.
O apresentador do programa e a melodia do jingle tocado foram os mesmos utilizados na propaganda eleitoral de FHC em 98.
Serra falou das realizações do governo tucano, enfatizando que "ainda há muito a ser feito" e que é preciso "corrigir os erros".
Com o slogan "se fosse fácil, alguém já tinha feito", foram citadas algumas obras do governo de Fernando Henrique Cardoso, como o Bolsa-Escola e a privatização da telefonia, além das obras de Serra no Ministério da Saúde.
As críticas indiretas à governadora Roseana Sarney (MA), pré-candidata do PFL à Presidência, vieram de citações ao período de governo de seu pai, o ex-presidente José Sarney.
"O país começa finalmente a pagar a enorme dívida social com seu povo. Olha, isso não significa em absoluto que a gente tenha chegado lá. [..." Mas o Brasil que estamos construindo é muito diferente daquele país perdido na inflação de 80% ao mês de alguns anos atrás", afirmou Serra.
O pré-candidato também rebateu críticas sobre sua suposta "falta de carisma": "Não basta ser bom de discurso ou ser simpático [para fazer o Brasil crescer"".
A propaganda falou ainda dos fundadores do PSDB. Ao som de um samba, foram mostradas imagens de Teotonio Vilela, André Franco Montoro e Mário Covas, entre outros. O programa foi dedicado a Covas, morto há um ano.
(CLÁUDIA CROITOR)


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