São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2005

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Operação é política e estimula invasão, diz líder da UDR

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O presidente da UDR (União Democrática Ruralista) do Noroeste do Paraná, Marcos Prochet, disse ontem que a Operação Março Branco tem conotação política orientada pelo governador Roberto Requião (PMDB). "Com esta ação, ele [Requião] está convidando o MST para invadir propriedades", afirmou.
Em resposta às declarações do ruralista, o porta-voz do governador, Benedito Pires, disse que Requião não comentaria as declarações "absurdas" de Prochet. Segundo ele, "a prisão de pessoas acusadas de banditismo no campo não pode estimular invasões".
Prochet diz basear seu alerta numa declaração do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Jaber Hanna Saadi, de que a investigação sobre a "milícia particular" formada por um oficial e policiais militares da reserva foi um pedido do governador ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça).
O líder ruralista faz a defesa do tenente-coronel Waldir Copetti Neves (acusado de liderar o grupo), dizendo que ele "é bode expiatório" de um problema político.
"A situação é grave. O governo está se posicionando só de um lado, o do MST."
Pires afirmou que as armas encontradas com os presos são provas incontestáveis dos crimes do grupo. (MT)


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