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Marrey diz que
pressão provocou
recuo de prefeitos
DA AGÊNCIA FOLHA
Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio
Marrey, a recomendação feita por
ele aos promotores de apurar as
responsabilidades dos prefeitos
por possíveis "danos à coletividade" causada pela paralisação das
prefeituras provocou um recuo
no movimento.
"Muitos municípios recuaram
na sua intenção de fechar, de modo que a recomendação foi válida", disse Marrey.
A recomendação do procurador-geral foi publicada no "Diário
Oficial" de sábado, quatro dias
depois da decisão tomada por 16
associações de municípios do Estado, representando cerca de 500
prefeituras, de paralisar no dia 5
de agosto as atividades e os serviços municipais como forma de
protestar contra a queda nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS
(Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços).
Sem ter um dado concreto, a
APM (Associação Paulista de Município) avalia que cerca de 300
das 645 prefeituras do Estado pararam anteontem.
Levantamento feito pela Agência Folha às 16h30 de anteontem,
com base em anotações feitas pela
APM em manifestação iniciada às
15h na Assembléia Legislativa,
apontou que 108 prefeituras declararam ter feito paralisações.
O procurador-geral afirmou
que está acompanhando a mobilização, mas não tem um balanço
do número de prefeituras fechadas. "Quero deixar claro que a
manifestação deles é legítima. O
que entendo que não pode acontecer é que, por conta da manifestação, se resolva negar o serviço
público. Há outra situação: se a
prefeitura fechar, os servidores
serão pagos sem trabalhar", disse
Marrey.
(SÍLVIA FREIRE)
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