DA AGÊNCIA FOLHA

Dez lideranças ianomâmis elaboraram uma carta enviada aos presidenciáveis abordando questões como saúde, educação, proteção à floresta e respeito à demarcação de terras.
Até a conclusão desta edição, nenhum dos candidatos havia respondido à mensagem dos índios, que ganharam notoriedade nos anos 90, quando estavam sendo dizimados por doenças.
"Ainda existem doenças contagiosas [xawara, na língua ianomâmi] em nossa terra. Por isso, vocês devem continuar a nos ajudar, de maneira duradoura, no que for necessário, para que possamos, nós mesmos, nos curar dessas doenças", diz um trecho da carta.
Os índios pedem que não permitam que garimpeiros, fazendeiros, madeireiros, colonos, pescadores, caçadores e pesquisadores de minérios invadam as terras.
"No Ajarani [Roraima], os fazendeiros ultrapassaram os limites da nossa terra. No Paapiú [área dentro da reserva ianomâmi], ainda há garimpeiros. Por isso, fazemos este apelo a vocês, líderes, para que a Justiça os retire de lá." A terra ianomâmi, que tem 192 mil quilômetros quadrados entre a Venezuela e o Brasil, foi homologada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, em maio de 1992. (JM)


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