São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002

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OUTRO LADO

Juiz diz que não há motivo para se julgar suspeito

DA REPORTAGEM LOCAL

"Não tenho por que me julgar suspeito", disse o desembargador Luís Antonio Johonsom Di Salvo, em comentário transmitido pela assessoria de imprensa do TRF.
O magistrado não quis conceder entrevista. Segundo a assessoria do TRF, Di Salvo entende que "a decisão já está dada, o resultado foi por maioria e ninguém arguiu a questão da competência".
"Não decido para a as partes", disse o desembargador, segundo a assessoria. O juiz disse que deu sua decisão baseado nos fatos, e quem se sentir prejudicado tem o direito de recorrer.
Sobre o processo de escolha de desembargadores no TRF, disse apenas que "quem decide é o presidente da República".
Procurado, por telefone, na tarde da última quarta-feira, o ex-ministro Cid Scartezzini não quis fazer declarações.
Disse que apenas fez o memorial e não pediu nada ao desembargador Di Salvo. Disse que já havia outras decisões na mesma linha do voto de Di Salvo.
Disse que, tendo sido juiz durante muitos anos, nunca admitiu que ninguém lhe pedisse nada, pois preza a independência dos magistrados.
Scartezzini disse que comentou com os desembargadores os nomes da lista tríplice. E que todos eram bons nomes.
Em entrevista anterior à Folha, em setembro, Jorge Scartezzini disse que "estão me atribuindo uma força que não tenho". Segundo o ministro do STJ, "a disputa é clara e aberta". "Há um conjunto de forças, mas a eleição é feita pelo plenário do TRF. Não faço a lista, estou no STJ", disse. (FV)


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