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OUTRO LADO
Juiz diz que não há motivo para se julgar suspeito
DA REPORTAGEM LOCAL
"Não tenho por que me julgar
suspeito", disse o desembargador
Luís Antonio Johonsom Di Salvo,
em comentário transmitido pela
assessoria de imprensa do TRF.
O magistrado não quis conceder entrevista. Segundo a assessoria do TRF, Di Salvo entende que
"a decisão já está dada, o resultado foi por maioria e ninguém arguiu a questão da competência".
"Não decido para a as partes",
disse o desembargador, segundo
a assessoria. O juiz disse que deu
sua decisão baseado nos fatos, e
quem se sentir prejudicado tem o
direito de recorrer.
Sobre o processo de escolha de
desembargadores no TRF, disse
apenas que "quem decide é o presidente da República".
Procurado, por telefone, na tarde da última quarta-feira, o ex-ministro Cid Scartezzini não quis
fazer declarações.
Disse que apenas fez o memorial e não pediu nada ao desembargador Di Salvo. Disse que já
havia outras decisões na mesma
linha do voto de Di Salvo.
Disse que, tendo sido juiz durante muitos anos, nunca admitiu
que ninguém lhe pedisse nada,
pois preza a independência dos
magistrados.
Scartezzini disse que comentou
com os desembargadores os nomes da lista tríplice. E que todos
eram bons nomes.
Em entrevista anterior à Folha,
em setembro, Jorge Scartezzini
disse que "estão me atribuindo
uma força que não tenho". Segundo o ministro do STJ, "a disputa é
clara e aberta". "Há um conjunto
de forças, mas a eleição é feita pelo
plenário do TRF. Não faço a lista,
estou no STJ", disse.
(FV)
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