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São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2003

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ACIDENTE

Aeronáutica culpa piloto

Mau tempo atrasa busca do corpo de Martinez

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O mau tempo na serra do Mar impediu ontem que as equipes de buscas avançassem no trabalho de resgate dos corpos do presidente nacional do PTB, deputado federal José Carlos Martinez, 55, do piloto e de dois amigos do político, mortos na queda do avião de propriedade do deputado, no sábado, em Guaratuba (PR).
Equipes de dois helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) retomaram as buscas apenas por volta das 13h30 de ontem, quando o tempo melhorou um pouco na serra. Oito soldados da FAB desceram até o local -um pico coberto por mata densa-, mas foram obrigados a suspender o trabalho de limpeza da área e recuperação do avião às 17h, por questões de segurança. A retomada do resgate, hoje, depende das condições do tempo.
O monomotor caiu de bico em uma região do morro Parati. O choque provocou o soterramento da maior parte da aeronave. As equipes de salvamento consideram que os corpos estejam soterrados com a fuselagem.
Martinez, os empresários André Surugi, 33, João Luiz Goebel, 48, e o piloto Cláudio Luiz da Luz, 25, decolaram no monomotor de prefixo PT-OTR às 9h30 de sábado, no aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, com destino ao aeroporto catarinense de Navegantes. Cerca de 17 minutos depois, os radares perderam o sinal do avião.
O piloto teria feito contato com o aeroporto de São José dos Pinhais (PR), pedindo autorização para mudar a rota inicial na serra e teria sido orientado a procurar a torre de Joinville (SC). Foi o último contato. A Aeronáutica divulgou nota responsabilizando o piloto pelo acidente, por ele "ter alterado sua trajetória de vôo, sem serviço de controle de radar e sem comunicação de rádio, em condições de mau tempo".
Martinez deverá ser velado na Assembléia Legislativa do Paraná. Seu corpo será cremado.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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