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Em doação a siglas havia interesse, diz empresário
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Em depoimento à CPI dos Correios, o empresário André Marques da Silva, ex-presidente da seguradora Interbrazil (em liquidação judicial), disse ontem que fez
doações para vários partidos em
2004 "para ser lembrado no momento de maior necessidade".
Investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, a seguradora pode estar envolvida
com o esquema de caixa dois (financiamento irregular) para o PT
de Goiânia. A empresa teria feito
contribuições não registradas para a campanha do candidato a
prefeito Pedro Wilson (PT).
O esquema, segundo denúncias
investigadas pelo Ministério Público, envolveria Adhemar Palocci, irmão do ministro Antonio Palocci (Fazenda). André Marques
confirmou que manteve contatos
com Adhemar Palocci: "Os meus
encontros foram com o ex-secretário de Finanças da Prefeitura de
Goiânia, que, por coincidência, é
irmão do ministro. Nunca fui beneficiado em nada".
Silva disse que fez doações para
o PSDB, PFL, PSC, PSB, PT e PL
de Goiás, PSDB e PMDB do Paraná, PSDB de São Paulo e PMDB
do Roraima, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.
André chegou à CPI escoltado
pela PF. Seu depoimento estava
marcado para o começo da semana, mas ele, alegando motivos de
saúde, não compareceu.
Para garantir a sua presença,
agentes da PF foram até sua casa,
em Goiânia, e o trouxeram. Silva
confirmou que o faturamento de
sua empresa saltou de R$ 28 milhões (em 2000) para R$ 64 milhões (em 2002). A Interbrazil,
disse, se limitava a repassar o risco
dos seguros contratados para o
IRB ou seguradoras no exterior.
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