São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2005

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Em doação a siglas havia interesse, diz empresário

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Em depoimento à CPI dos Correios, o empresário André Marques da Silva, ex-presidente da seguradora Interbrazil (em liquidação judicial), disse ontem que fez doações para vários partidos em 2004 "para ser lembrado no momento de maior necessidade".
Investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, a seguradora pode estar envolvida com o esquema de caixa dois (financiamento irregular) para o PT de Goiânia. A empresa teria feito contribuições não registradas para a campanha do candidato a prefeito Pedro Wilson (PT).
O esquema, segundo denúncias investigadas pelo Ministério Público, envolveria Adhemar Palocci, irmão do ministro Antonio Palocci (Fazenda). André Marques confirmou que manteve contatos com Adhemar Palocci: "Os meus encontros foram com o ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, que, por coincidência, é irmão do ministro. Nunca fui beneficiado em nada".
Silva disse que fez doações para o PSDB, PFL, PSC, PSB, PT e PL de Goiás, PSDB e PMDB do Paraná, PSDB de São Paulo e PMDB do Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
André chegou à CPI escoltado pela PF. Seu depoimento estava marcado para o começo da semana, mas ele, alegando motivos de saúde, não compareceu.
Para garantir a sua presença, agentes da PF foram até sua casa, em Goiânia, e o trouxeram. Silva confirmou que o faturamento de sua empresa saltou de R$ 28 milhões (em 2000) para R$ 64 milhões (em 2002). A Interbrazil, disse, se limitava a repassar o risco dos seguros contratados para o IRB ou seguradoras no exterior.


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