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PT quer adiar
votação do novo
salário mínimo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O PT mudou de discurso ontem
na Câmara e defendeu o adiamento da votação de propostas
historicamente pleiteadas pelo
partido: o aumento do salário mínimo e a ampliação dos benefícios
do seguro-desemprego.
A primeira, do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), recebeu parecer favorável de Paulo
Paim (PT-RS) que, no final de
2001, fixou o valor do mínimo em
R$ 250. A proposta que prevê a
ampliação do período de concessão do seguro-desemprego e a redução do tempo necessário para
obtê-lo foi dos deputados Aloizio
Mercadante (SP) e Paulo Rocha
(PA), ambos do PT.
Ontem, quando os dois projetos
foram colocados em votação em
comissões específicas, deputados
do PT e de partidos aliados se manifestaram contrários e pediram o
adiamento das discussões.
Na Comissão de Trabalho, Paim
e outros cinco deputados do PT,
PL, PDT e do PC do B foram contrários à votação do projeto. Segundo o deputado e relator do
projeto, não há incoerência por
parte do partido. "É o contrário.
Isso é uma armação contra o PT.
Queremos o aumento do salário
mínimo, mas que isso seja feito no
próximo ano. Em maio, teríamos
um novo valor", afirmou Paim.
As modificações do seguro-desemprego, que tramitam na Câmara em regime de urgência, foram retiradas de votação pelos
próprios autores.
"Não votamos porque não queremos que derrubem a nossa proposta", disse o deputado Paulo
Rocha, que negou a existência de
qualquer mudança de posicionamento do PT.
Deputados do PSDB, do PFL e
do PPB reagiram com ironia à retirada do projeto da pauta de votação. "Eu dou risada", afirmou o
deputado Luiz Carlos Hauly
(PSDB-PR).
Como não foram votados ontem, os dois projetos voltam para
a pauta das comissões na próxima
quarta-feira.
(LUIZA DAMÉ E LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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