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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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OUTRO LADO

Para advogado, há um "atentado à democracia"

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Roberto Podval, que representa o empresário Sérgio Gomes da Silva, disse que a denúncia criminal oferecida anteontem contra seu cliente é um "atentado à democracia".
"A Promotoria não prova nada, apenas conta uma história reduzida de um depoimento pouco elucidativo prestado por uma pessoa com longa ficha criminal [o sequestrador Dionízio Aquino Severo]. Se qualquer história basta para que uma pessoa seja processada criminalmente, todos nós corremos riscos."
Podval questiona a importância dada pela Promotoria ao depoimento de Severo, que declarou ter namorado com a mulher de Gomes da Silva no período em que ela já era casada com o empresário. "Meu cliente declarou à polícia que não conhece essa pessoa. A mulher dele também prestou depoimento e negou ter namorado Dionízio [Severo]. Mas a Promotoria preferiu acreditar na palavra de uma pessoa com longa ficha corrida em vez de acreditar no depoimento do meu cliente, que nunca foi condenado criminalmente", afirmou ele.
Dionízio Afonso Severo foi resgatado de helicóptero da Penitenciária de Guarulhos em janeiro do ano passado, um dia antes do sequestro de Celso Daniel. Ele foi assassinado no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém em abril de 2002.

Inconsistente
O advogado afirma que a denúncia apresentada contra Gomes da Silva é inconsistente, mas diz que "a Promotoria tinha de justificar o fato de ter passado mais de um ano fazendo uma "investigação de gabinete'".
Para ele, toda a investigação feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em Santo André "foi parcial porque tinha o objetivo específico de culpar Sérgio [Gomes da Silva] pela morte de Celso [Daniel]".


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