São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Regulamento e decreto fixam regras de cortejo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

DA REPORTAGEM LOCAL

A honraria a governadores mortos no exercício do cargo é a principal concedida pela Polícia Militar.
A definição consta do Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito das Forças Armadas, aplicável a todas as polícias militares do país, de acordo com o coronel Paes de Lira, comandante da Academia Militar do Barro Branco.
O regulamento -somado a um decreto estadual dos anos 40- é que fixa as coordenadas da cerimônia.
O cerimonial começou no Palácio dos Bandeirantes, quando Geraldo Alckmin, chefe do Executivo, assistiu a colocação da bandeira do Estado sobre o caixão e deu a ordem para que ele fosse retirado pelos cadetes.
Do palácio, o caixão saiu escoltado por lanceiros do Regimento de Cavalaria da Polícia Militar. Para cerimônias fúnebres, são 30 em torno do caixão -dez na frente, dez atrás e cinco de cada lado-, mais o comandante.

Obelisco
No Obelisco, os lanceiros deram lugar ao Pelotão de Escolta, composto por seis motociclistas da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas). É esse o pelotão que serve sempre à escolta do governador. Os seis são chamados de balizas e devem ficar nas pontas do carro e em suas laterais para evitar choques.
Outros oito formam a cunha -ponta de triângulo que vai a frente do cortejo para abrir passagem. Três fecham a comitiva.
Para chefes de governo, o número mínimo é de 12 batedores. Ontem, havia 17.
Em Santos, as honrarias exigiram uma seleção minuciosa dos dez cadetes da PM que carregaram o caixão na praça José Bonifácio.
De acordo com o tenente-coronel Reinaldo de Oliveira Rocco, subcomandante da academia, foi preciso escolher homens de alturas próximas, a fim de evitar o desalinhamento do caixão.

Salva de tiros
A salva de tiros também é regulamentada pelo código. No caso de Covas, a homenagem consistiu de 42 tiros simultâneos de fuzil automático leve em três salvas consecutivas (126 disparos).
Na praça de Santos, a solenidade de ontem reuniu 250 homens do Barro Branco, dos quais 190 eram cadetes, efetivo regulamentado especificamente para homenagens a governadores.
(FS e SC)

Texto Anterior: Multidão faz cordão humano em cortejo
Próximo Texto: Homenagem: Favela em divisa da cidade pára para ver governador
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.