São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2001

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QUESTÃO AGRÁRIA

Camponesas vão protestar em 21 capitais

Sem-terra querem transformar Dia Internacional da Mulher em ato

DA AGÊNCIA FOLHA

Cerca de 19 mil camponesas pretendem transformar a comemoração do Dia Internacional da Mulher, hoje, em um ato de protesto em 21 capitais brasileiras. Não está descartada a invasão de prédios públicos durante as marchas programadas.
O objetivo da ANMTR (Articulação Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais) era reunir 40 mil sem-terra e pequenas agricultoras em acampamentos espalhados por 23 Estados nesta semana.
Mas a mobilização fracassou em Brasília e foi adiada em São Paulo devido à morte do governador Mário Covas.
"A data é festiva, mas as trabalhadoras rurais não têm o que comemorar diante da política agrária do governo que instalou a miséria no campo", diz Nina Tonin, 30, da direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), uma das entidades que compõem a ANMTR.
Estão previstas marchas em São Luiz (2.000 mulheres), Salvador (1.500), Teresina (1.500), Porto Velho (1.500), Cuiabá (1.500), Campo Grande (1.500), Curitiba (1.500), Aracaju (500), Fortaleza (500) Vitória (400), Belém (300), Belo Horizonte (200) e João Pessoa (100).
No final da tarde de ontem, uma comissão de trabalhadoras rurais teria audiência com o ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário), para discutir a pauta de reivindicações. Além de pedir mais crédito e terras para assentamento como os homens dos movimentos sociais do campo, as trabalhadoras têm reivindicações específicas. Uma delas é o reconhecimento da mulher como co-proprietária na posse da terra.


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