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QUESTÃO AGRÁRIA
Camponesas vão protestar em 21 capitais
Sem-terra querem transformar Dia Internacional da Mulher em ato
DA AGÊNCIA FOLHA
Cerca de 19 mil camponesas
pretendem transformar a comemoração do Dia Internacional da
Mulher, hoje, em um ato de protesto em 21 capitais brasileiras.
Não está descartada a invasão de
prédios públicos durante as marchas programadas.
O objetivo da ANMTR (Articulação Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais) era reunir 40
mil sem-terra e pequenas agricultoras em acampamentos espalhados por 23 Estados nesta semana.
Mas a mobilização fracassou
em Brasília e foi adiada em São
Paulo devido à morte do governador Mário Covas.
"A data é festiva, mas as trabalhadoras rurais não têm o que comemorar diante da política agrária do governo que instalou a miséria no campo", diz Nina Tonin,
30, da direção nacional do MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra), uma das entidades que compõem a ANMTR.
Estão previstas marchas em São
Luiz (2.000 mulheres), Salvador
(1.500), Teresina (1.500), Porto
Velho (1.500), Cuiabá (1.500),
Campo Grande (1.500), Curitiba
(1.500), Aracaju (500), Fortaleza
(500) Vitória (400), Belém (300),
Belo Horizonte (200) e João Pessoa (100).
No final da tarde de ontem, uma
comissão de trabalhadoras rurais
teria audiência com o ministro
Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário), para discutir a pauta
de reivindicações. Além de pedir
mais crédito e terras para assentamento como os homens dos movimentos sociais do campo, as
trabalhadoras têm reivindicações
específicas. Uma delas é o reconhecimento da mulher como co-proprietária na posse da terra.
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