|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PF tenta explicar de novo o envio de
fax da Lunus ao Palácio da Alvorada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo segundo dia consecutivo, a
Polícia Federal deu explicações
sobre o envio de cópia do mandado de busca e apreensão de documentos da empresa Lunus para o
governo federal em Brasília.
Ontem, a PF informou que foram enviados dois fax na última
sexta-feira, dia em que foi realizada a operação, com um intervalo
de quatro horas -o primeiro para a sede da PF, por volta das
18h30, e o segundo, às 21h49, para
o Palácio da Alvorada.
A Lunus pertence à governadora do Maranhão, Roseana Sarney
(PFL), e ao seu marido, Jorge Murad. Pefelistas acusam o governo
de interferir diretamente na operação. O fax enviado à Alvorada é
citado como indicação de que
Fernando Henrique Cardoso havia sido informado do caso.
Segundo a PF, o primeiro fax,
enviado a número da Dcoie (Divisão de Repressão ao Crime Organizado e de Inquéritos Especiais),
continha uma cópia do mandado.
O documento teria sido entregue ao chefe da Coordenação Geral Central Policial, Itanor Neves
Carneiro, que responde pela PF
na ausência do diretor, Agílio
Monteiro.
Acionado pelo PFL naquela noite, FHC entrou em contato com o
ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, que contatou Agílio.
Segundo a PF, Itanor não estava
mais na sede e teria solicitado que
o delegado Paulo Tarso Teixeira,
que chefiava a operação em São
Luís, enviasse outra cópia diretamente ao Palácio da Alvorada.
A PF voltou a negar que a expressão "a operação foi bem-sucedida" tivesse sido utilizada na
transmissão a FHC. Ao saber da
divulgação da frase na imprensa,
o delegado Paulo Tarso Teixeira
ironizou a situação, dizendo não
ter essa intimidade com FHC.
O advogado da empresa Lunus
confirmou que apenas o mandado foi enviado a Brasília.
Texto Anterior: Diretor da PF é filiado ao PSDB desde 2001 Próximo Texto: PMDB governista tenta hoje cancelar prévia Índice
|