São Paulo, Segunda-feira, 08 de Março de 1999
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LEIA TRECHOS DAS GRAVAÇÕES
Logo após ser preso, em 29 de janeiro, Edivaldo (ex-vice-presidente do Banco do Estado de Goiás e liquidante da extinta Caixa Econômica de Goiás) liga para Otoniel:

Edivaldo -"Já fiquei detido já, mas confirmei tudo que estava, não mudei nada."
Nos dias seguintes à prisão, Otoniel travou o seguinte diálogo com Ismar Estulano, ex-presidente da OAB-GO:
Ismar - "Agora veja bem, deixa eu lhe explicar uma coisa por telefone... jamais, em hipótese alguma, a mulher do Valdemar (Zaidem Sobrinho, que teria sido a ponte entre advogados e a Procuradoria) admite que ele assuma responsabilidade, mesmo junto com o Élcio (Berquó Curado Brom, advogado e autor da ação de ex-funcionários da Caixego)."
Otoniel - "Ela não quer?"
Ismar - "Porque eu tô insistindo que tem de achar uma saída global e... agora há uma possibilidade de eu nem ser advogado do Zaidem, justamente porque ele não concorda com a solução global."
Em nova ligação, Otoniel e Ismar esclarecem o que seria a "solução global":
Ismar - "O caldo não está entornado, mas a qualquer momento pode entornar."
Otoniel - "Aí complica, né?"
Ismar - "Complica."
Otoniel - "Não tem às vezes... aí o sr. vai pensando, acha uma frestazinha (sic) aí..."
Ismar - "Nós estamos pensando... o Olinto (Meirelles, advogado do Edivaldo) e tal e tal... mas não está fácil, o negócio está muito difícil."
Otoniel - "Está complicado, né? E se os advogados todos unirem e fizerem um documento único... é que nessa hora em que esses 5.000 ficou distribuído (sic) entre eles a gente arrumaria uma saída, não deixando eles em situação difícil?"
Ismar - "Teria que arrumar um dinheiro e chamar esses reclamantes e pagar mais alguma coisa. Eles assinam uma retificação. Essa é a saída, não tem outra."
Otoniel - "Agora, fazendo isso aí... mas dá um dinheiro, não importa o tamanho não, né?"


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