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ENTREVISTA DA 2ª
Jungmann e Stedile radicalizam discursos
e da Agência Folha
O ministro Raul Jungmann (Política Fundiária) e João Pedro Stedile, coordenador nacional do MST, endureceram seus
discursos após a onda de invasões de prédios públicos promovida pelos sem-terra na semana passada.
Em entrevistas à Folha, os dois trocam acusações. Para Jungmann, Stedile é "machista", "preconceituoso" e "líder máximo da esquerda reacionária". Para Stedile, Jungmann "não representa nada" e tem como tarefa projetar na sociedade propostas ilusórias "que visam a enganar a opinião pública".
O ministro revela que os sem-terra não terão mais acesso a
programa de crédito com juros de 6,5% ao ano (com 50% de
desconto sobre o débito). Eles terão de pagar juros de 9%.
Jungmann aponta desvios na aplicação de recursos. "Como o
subsídio era tão alto, as pessoas, em vez de comprarem bens de
produção, estavam comprando bens de consumo", afirma.
O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) afirma que, ""em 1999, haverá mais
ocupações de terra" para cumprir a ""missão histórica do
MST". Stedile diz que ""se multiplicarão" ocupações e protestos pelo país e que os sem-terra vão manter a "mobilização até
que sejam recompostos os programas de reforma agrária".
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