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ESTATAL
Rodolfo Tourinho diz que ex-ministro tem perfil ideal para comando da empresa
Ministro quer Mendonça na Petrobrás
da Agência Folha, em Florianópolis
O ministro das Minas e Energia,
Rodolfo Tourinho, disse ontem à
Agência Folha que o ex-ministro
das Comunicações Luiz Carlos
Mendonça de Barros tem o perfil
ideal para substituir Joel Rennó na
presidência da Petrobrás.
""O perfil de Mendonça de Barros, um homem muito competente, seria o ideal. Agora, essa decisão
depende muito do presidente da
República", afirmou.
Segundo Tourinho, a definição
ocorrerá em reunião entre ele e o
presidente Fernando Henrique
Cardoso ""ao longo ou no início
desta semana", quando ""essas coisas vão ficar acertadas".
Tourinho esteve em Florianópolis, onde abrirá, hoje, um evento
sobre energia. Ontem, ele almoçou
com o governador de Santa Catarina, Esperidião Amin (PPB).
Rennó pediu demissão na sexta-feira, após seis anos e três meses no
cargo, o período mais longo na
presidência da Petrobrás.
Mendonça de Barros deixou o
governo, meses atrás, dizendo, em
tom de brincadeira, que iria voltar.
Para reforçar, afirmou que morreria pela boca. Sua demissão ocorreu em razão de escutas telefônicas
no BNDES, que resultaram na suspeita de que o então ministro favoreceu consórcio na privatização do
Sistema Telebrás. O assunto ainda
está sob investigação.
Além de ser amigo há anos do
ministro das Minas e Energia,
Mendonça de Barros conta com a
admiração de FHC.
""Não tenho dúvidas de que seria
um bom perfil para a Petrobrás. O
que acontece é que, para essa decisão do presidente, existem outros
problemas envolvidos em tudo isso (as suspeitas que recaem sobre o
ex-ministro). Sei que o presidente
tem grande admiração pelo Mendonça de Barros. Também tenho
grande amizade e admiração por
ele, mas existem questões políticas
que têm de ser analisadas."
Além de Mendonça de Barros, o
nome do ex-governador de Minas
Eduardo Azeredo (PSDB) também
está sendo cogitado.
Ao ser perguntado se preferia
Mendonça de Barros, com perfil
mais técnico, ou Azeredo, que tem
um perfil mais político, para a presidência da empresa, o ministro
respondeu: ""Acho que seria mais
para um técnico do que para um
político no momento. Mais um
executivo. O momento é muito
mais de um executivo".
""Agora, o conselho (da Petrobrás) vai traçar a estratégia que
quiser, e a diretoria executiva vai
cumprir essa estratégia. A diretoria executiva tem que executar",
disse. Sobre o futuro da empresa
com o novo sistema, o ministro
afirmou que ""não há nenhuma intenção de privatizar a Petrobrás".
(LÉO GERCHMANN)
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