São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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Oposição faz alerta; petistas pedem avanço

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Senadores do PFL e do PSDB alertaram ontem para o risco de perdas do setor de agronegócios devido à onda de invasões de propriedades pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e cobraram ações do governo para a reforma agrária. Petistas defenderam avanços.
"O MST tem uma causa justa, que é assentar trabalhadores, mas tem uma outra face, que deixa a sociedade insegura, que é a promoção de invasões. E o governo, que tem a obrigação de zelar pela paz institucional e pelo Estado democrático de Direito, não está cumprindo as funções de promoção da reforma agrária dentro da lei", disse César Borges (PFL-BA).
Álvaro Dias (PSDB-PR) lembrou a importância do agronegócio na economia brasileira, citando que cerca de 42% das exportações no ano passado foram de produtos agrícolas, pecuários e agroindustriais. "A crescente situação de insegurança e violência semeada pelo MST pode inviabilizar a continuidade desse êxito."
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) cobrou avanços na reforma agrária. "O problema é que nunca se fez a reforma agrária e agora está sendo feita de forma extremamente lenta. Nós temos de fazer avançar o processo."
Já Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que o MST ganhará mais simpatia à causa se não houver violência nas invasões. Ele disse que o líder João Pedro Stedile garantiu, ao depor na CPI da Terra, que o movimento é pacífico. Suplicy propôs que a CPI visite áreas de conflitos iminentes. Álvaro Dias, presidente da comissão, disse que visitas estão previstas.


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