|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Oposição faz alerta; petistas pedem avanço
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Senadores do PFL e do PSDB
alertaram ontem para o risco de
perdas do setor de agronegócios
devido à onda de invasões de propriedades pelo MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) e cobraram ações do governo para a reforma agrária. Petistas defenderam avanços.
"O MST tem uma causa justa,
que é assentar trabalhadores, mas
tem uma outra face, que deixa a
sociedade insegura, que é a promoção de invasões. E o governo,
que tem a obrigação de zelar pela
paz institucional e pelo Estado democrático de Direito, não está
cumprindo as funções de promoção da reforma agrária dentro da
lei", disse César Borges (PFL-BA).
Álvaro Dias (PSDB-PR) lembrou a importância do agronegócio na economia brasileira, citando que cerca de 42% das exportações no ano passado foram de
produtos agrícolas, pecuários e
agroindustriais. "A crescente situação de insegurança e violência
semeada pelo MST pode inviabilizar a continuidade desse êxito."
A senadora Serys Slhessarenko
(PT-MT) cobrou avanços na reforma agrária. "O problema é que
nunca se fez a reforma agrária e
agora está sendo feita de forma
extremamente lenta. Nós temos
de fazer avançar o processo."
Já Eduardo Suplicy (PT-SP)
afirmou que o MST ganhará mais
simpatia à causa se não houver
violência nas invasões. Ele disse
que o líder João Pedro Stedile garantiu, ao depor na CPI da Terra,
que o movimento é pacífico. Suplicy propôs que a CPI visite áreas
de conflitos iminentes. Álvaro
Dias, presidente da comissão, disse que visitas estão previstas.
Texto Anterior: Campo minado: Rossetto vê exagero e critica vítima do MST Próximo Texto: Ações preocupam, reafirma empresa Índice
|