São Paulo, sábado, 08 de maio de 2004

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CONGRESSO

Senador gaúcho defende reajuste maior do que o proposto pelo governo

PT tira Paim de comissão do mínimo

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sem aviso prévio, o PT afastou o senador Paulo Paim (PT-RS) da comissão mista do Congresso destinada à análise da medida provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260 a partir de 1º de maio. "Foi uma paulada", afirmou Paim, que soube de sua destituição pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Paim foi substituído por Tião Viana (PT-AC). Ele havia sido eleito vice-presidente da comissão e disse que não votará a favor dos R$ 260 mesmo que o PT feche questão -o que significa exigir voto favorável de toda a bancada, sob pena de expulsão do partido. "Se o partido fechar questão, vou esperar minha expulsão."
Mesmo sem direito a voto e sem integrar formalmente a comissão, Paim pretende participar das reuniões e defender suas posições -um salário mínimo de R$ 300.
Em nota à imprensa, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse que ela e o líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), resolveram substituir integrantes da comissão após acordo feito com a oposição para desobstruir da pauta de votações da Câmara.
A comissão do salário mínimo foi instalada num "cochilo" dos líderes governistas, o que ainda permitiu que a oposição assumisse seu comando -o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi eleito presidente.
A idéia é concluir os trabalhos com a votação do parecer no próximo dia 13. O PSDB propõe um mínimo de R$ 275 e o PFL tende a concordar com esse valor.


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