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CONGRESSO
Proposta regula conduta
Comissão da Câmara aprova código de ética
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O código de ética dos deputados, projeto que define regras de
conduta dos parlamentares, foi
aprovado ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da
Câmara. O código de ética ainda
terá de ser votado pelo plenário.
Entre as atitudes dos deputados
que poderão ser punidas está o assédio sexual. Essa é uma das nove
condutas definidas pelo relator,
Marcelo Déda (PT-SE), como
"atos atentatórios ao decoro parlamentar". A punição para essas
atitudes vai de censura escrita ou
oral à suspensão temporária do
mandato.
O mau uso das verbas de gabinete poderá ser punida. Em 97, a
Folha revelou que o ex-deputado
Chicão Brígido (PMDB-AC) ficava com parte dos salários dos funcionários de gabinete. Ele foi processado por falta de decoro e absolvido pela CCJ, sob o argumento de que a cassação do mandato
era punição muito severa no caso.
Pelo código, o deputado que revelar conteúdo de debates ou deliberações secretos da Câmara
também poderá ser punido.
O relator propôs a criação de
uma comissão de ética e decoro
parlamentar, que será responsável pela análise dos processos de
cassação de mandato. Atualmente, essa atribuição é da CCJ.
O sistema que deverá ser implantado na Câmara é semelhante
ao do Senado. O processo será
analisado pela comissão de ética e
depois pelo plenário. À CCJ caberá somente decidir que o projeto
de resolução definindo a punição
está dentro das normas legais.
Déda afirmou que, para a comissão de ética investigar a fundo
denúncias contra parlamentares,
tem de ser aprovado um projeto
de emenda constitucionais lhe
dando poderes de CPI em casos
de processos de cassação.
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