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MÍNIMO
Palocci vai hoje ao Senado
Ministros pressionam aliados a aprovar MP
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A mais de uma semana da votação do salário mínimo no Senado,
os ministros já começaram o corpo-a-corpo para aprovar a medida provisória que fixou esse valor
em R$ 260. A oposição acusou o
governo de estar fazendo uma
manobra para adiar a votação.
A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada o valor de
R$ 260. No Senado, porém, a oposição acha que o valor de R$ 260
não passa, já que alguns senadores da base já disseram que vão
votar contra. Para ser aprovada
no Senado a medida provisória
precisa de maioria simples, com
um quórum de 41 senadores.
Em busca de votos, o ministro
Aldo Rebelo (Coordenação Política) se reuniu com dois senadores
da base ontem, Aelton de Freitas
(PL-MG) e Paulo Elifas (PMDB-RO), e jantaria com Cristovam
Buarque (PT-DF). Ele também
recebeu um telefonema do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), convidando-o para ir ao ministério: "Fico até contente, depois de cinco meses que saí do governo eles estão me procurando
agora", disse Cristovam, demitido do ministério por telefone.
Palocci vai hoje ao Senado às
8h30 se encontrar com a base aliada. Na próxima terça, está prevista a visita do ministro Amir Lando (Previdência), que é do PMDB,
maior bancada da Casa. A votação do salário mínimo está prevista para a próxima terça-feira.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) acusou o governo de estar fazendo uma manobra para adiá-la e votar a matéria em data que não será pré-definida. "Vamos votar em dia certo
para não acobertar a covardia daqueles que não querem mostrar
publicamente seu voto alegando
viagem para se ausentar", disse.
O vice-presidente José Alencar
disse que a legenda tem que demonstrar coesão nas "questões de
maior importância" para a "administração pública", o que foi
entendido como um recado aos
senadores liberais que ameaçam
votar contra a MP do mínimo.
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