São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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CAMPANHA NAS RUAS

Em comício em Ceilândia (DF), tucano defende realização da Copa de 2010 e das Olimpíadas de 2012 no país

"Efeito Ciro" não muda campanha, diz Serra

Márcia Gouthier/Folha Imagem
Serra e Rita Camata, entre Rio Negro (à esq.) e Solimões, em show após comício em Ceilândia (DF)


LUIZA DAMÉ
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que não vai mudar sua estratégia de campanha por causa do crescimento do candidato do PPS, Ciro Gomes, nas pesquisas de intenção de voto. Para o tucano, Ciro não é seu principal adversário.
"Em campanha eleitoral todos os adversários são adversários, todos os times jogam, todos os times podem fazer gol e de todos podemos ganhar. Não há adversário preferencial. Não trabalhamos em função de adversário", afirmou o candidato.
Pesquisa Datafolha divulgada ontem indica que Serra tem 20% das intenções de voto, e Ciro, 18% -o que os deixa em empate técnico, devido à margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. O presidenciável do PPS subiu sete pontos em relação ao último levantamento.
O crescimento de Ciro, segundo Serra, é reflexo dos programas gratuitos do PPS, do PDT e do PTB nos quais o candidato apareceu. "Pesquisa é fotografia, faltam três meses para as eleições. A grande pesquisa é no dia da eleição. Vamos fazer como a seleção: manter a estratégia, deixar as pessoas criticarem, reclamarem, insultarem e vamos chegar a vitória em outubro", disse.
O candidato deu as declarações após comício em Ceilândia, cidade-satélite a 30 quilômetros de Brasília. Participaram do evento -que reuniu 25 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar- a candidata a vice do tucano, deputada Rita Camata (PMDB-ES), o governador Joaquim Roriz (PMDB) e candidatos da coligação PMDB/PSDB, que se reproduz no Distrito Federal com a adesão do PFL.

Copa no Brasil
Serra aproveitou o clima do pentacampeonato brasileiro e prometeu, durante o comício, trabalhar para que o Brasil organize a Copa de 2010 e as Olimpíadas de 2012. "Está na hora de o Brasil ter a Olimpíada, como está na hora de trazer a Copa do Mundo para cá. A última foi em 1950", disse.
Em seu discurso, o tucano prometeu se empenhar para que as Olimpíadas sejam em Brasília. Mais tarde, em entrevista, incluiu também a Copa do Mundo.
Serra reforçou a tese que defende desde o lançamento da sua candidatura: mudança com segurança. Disse que, se eleito, vai manter os programas do governo Fernando Henrique Cardoso que estão dando certo, corrigir os erros e fazer o que ainda falta. "O Brasil tem rumo. Se sair do rumo, poderá descarrilar como a Argentina. Hoje o Brasil está a 60, 70 [quilômetros por hora]. Vamos acelerar esse rumo a 100, 120."
Serra já estava pronto para ir embora quando decidiu retornar ao comício. Primeiro, reuniu-se com Roriz e políticos locais. Depois, com Rita Camata, voltou ao palco e dançou ao som da dupla Rio Negro e Solimões.
O evento custou oficialmente R$ 45 mil. A organização do PSDB se encarregou de distribuir 5.000 bonés, 15 mil adesivos para carro, 3.000 camisetas, 1.000 bandeirolas e cem bandeiras.


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